Susana Romana

A condenação de Sarkozy, os Coldplay e o selo da Jornada Mundial da Juventude


Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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É hoje o último de quatro concertos dos Coldplay em Coimbra. Com mais 200 mil pessoas na cidade, desde as invasões francesas que não se viam as ruas tão tomadas por ocupantes. Mas ao menos desta vez só pilharam as pulseirinhas de luz que a banda bem pediu para devolver no fim.

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Foi divulgado o selo comemorativo da Jornada Mundial da Juventude, que logo levantou polémica por parecer a capa de um livro da 3.ª classe do Estado Novo. A organização negou qualquer subtexto, mas mesmo assim Cardeal Cerejeira fez like do Além.

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O selo tem o Papa Francisco rodeado de jovens, a replicar o Padrão dos Descobrimentos. O que, de facto, é mal escolhido como representativo da juventude. Devia ser o Papa no Colombo ou no Urban Beach.

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Ah, e o selo só tem um valor facial de 3,10 euros, o que nem dá para uma cerveja no Alive. E, suspeito, talvez também não chegue para um pão de deus misto no recinto do rio Trancão.

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O ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos vai ser chamado à Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP no dia 15 de junho. Um dia depois, Fernando Medina terminará o ciclo de audições que a comissão vai realizar. Finalmente, fica fechado o cartaz deste grande festival.

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A GNR detetou 15 drones ilegais durante a peregrinação do 13 de maio em Fátima. Mas como é que eles têm a certeza que não era uma santidade a tentar fazer a sua própria aparição? Só porque estava a tentar pousar numa loja de souvenirs em vez de numa azinheira?

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O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado a três anos de prisão, um deles efetiva, por corrupção e tráfico de influência. Ora aqui está um modo de estar francês bem chique que Sócrates não tem vontade nenhuma de implementar na sua vida.

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Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta semana a lei da eutanásia, fazendo uma breve nota a salientar que foi “obrigado”. O que é curioso, tendo em conta que ficou chateado quando não o deixaram eutanasiar politicamente o João Galamba.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 21 de maio – número 1617 – da “Notícias Magazine”]