A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana recorda a publicação, na revista National Geographic, das primeiras fotografias a cores do fundo do mar.
Conhecemos mais sobre o solo lunar do que sobre o fundo dos oceanos. Um desconhecido que chega aos 80%. Cobrindo mais de 71% da superfície da Terra, daí o nome Planeta Azul, o mar é uma peça fundamental para o sistema terrestre funcionar.
Com pontos que podem chegar aos 11 quilómetros de profundidade, explorar essa grande extensão de água ainda é um tremendo desafio para a atual tecnologia. A pressão nesses pontos é esmagadora. E em oceano aberto, a penetração da luz solar atinge, em média, apenas 100 metros de profundidade.
Ou seja, a partir daí, escuridão total. Recordamos, então por isso, esta semana, a capa da revista National Geographic, de 16 de julho de 1926 que anunciava a publicação das primeiras fotografias a cores do fundo do mar. O desvendar do mistério resultou de uma missão notável, como devem ser todas as publicações jornalísticas: mostrar aos leitores a realidade como ela é.
Neste caso, uma realidade com cor. Naquele dia, foi possível ver as imagens, algo desfocadas, tiradas por Charles Martin, com a ajuda do cientista William Longley. A dupla usou caixas de câmara especiais à prova de água e muitos quilos de flash em pó, altamente explosivo, para conseguir iluminar a cena.
Aconteceu no mar que rodeia o arquipélago de ilhas tropicais Florida Keys, entre o Oceano Atlântico e o Golfo do México.