1 de janeiro de 1925. O dia em o horário padrão em todo o Planeta se tornou realmente universal

Globo terrestre com as letras do alfabeto posicionadas sobre os meridianos usado pelo engenheiro

A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana.

Terão sido muito poucos aqueles que entre ontem e hoje não estiveram com os olhos postos, ao mesmo tempo, num qualquer relógio que dava início a um novo dia e a um novo ano. Com tantos fusos horários no Mundo, como chegamos a este tempo universal? Durante a maior parte da história da humanidade, cada povoação teve o seu próprio horário, tendo como referência o ponto mais alto do Sol, momento que marcava as 12 horas. Mas tudo mudou com a chegada do comboio, a necessidade de estabelecer momentos de partida e de chegada. Algo precisava marcar o ritmo deste conceito abstrato: o tempo. O que acabou por acontecer há 137 anos, após um sistema de fuso horário padrão internacional ser adotado a 1 de janeiro de 1885, por 25 países. A resolução foi tomada no ano anterior, em Washington, na Conferência Internacional do Meridiano, cujo objetivo era escolher um meridiano para ser usado como longitude zero comum e como padrão de tempo em todo o Mundo. A proposta tinha saído da cabeça de Sandford Fleming, engenheiro canadiano nascido na Escócia, após perder o seu comboio por não ter entendido o horário a que partia. Chateado, nessa mesma noite inventou um sistema de tempo de 24 horas, dividindo o Planeta em 24 fusos horários, determinando a diferença de uma hora entre eles. Contudo, só a 1 de janeiro de 1925 é que a ideia de Fleming de um horário padrão em todo o Planeta se tornou realmente universal.

Sir Sandford Fleming posa para um retrato em 1895. Faleceu em 1915