Viagem aos 100 anos do Parque Mayer

Artistas idolatrados como os futebolistas de hoje, excursões do país inteiro para assistir ao teatro de revista, restaurantes a abarrotar, miúdos escondidos no fosso da orquestra para fintar a proibição de assistirem aos espetáculos e longas jornadas de diversão entre setas, tiros e pirolitos. A história do lisboeta Parque Mayer é um manancial de episódios pitorescos, onde não falta a luta contra a censura e o Estado Novo.

Nas décadas de 1960 e 1970, viviam-se os tempos áureos da revista à portuguesa. Os quatro teatros do Parque Mayer rebentavam pelas costuras, com espetáculos diários, a que assistiam ilustres figuras da vida pública, ao lado do povo anónimo. Entre essa plateia, destacam-se os “coiós, aqueles que tinham mais posses e pagavam bilhetes na fila da frente para ver as pernas das bailarinas, que, no fim do espetáculo, tentavam levar a jantar”, relembra Vasco Morgado, atual presidente da Junta de Santo António – freguesia de Lisboa, que tem no seu território o recinto do Parque Mayer -, neto de um dos maiores empresários de teatro nacional e da famosa atriz Laura Alves, e filho de outro produtor e da atriz Vera Mónica.

De presidentes da República a “coiós”, o Parque Mayer foi ponto de encontro e berço de carreira de muitos dos grandes nomes do espetáculo em Portugal. É esta a “catedral maior do teatro de revista” que assinala quarta-feira, dia 15, os seus 100 anos de existência. Uma história que até tem um pormenor trágico na sua origem, mas que seguiu um percurso de diversão, com protagonistas hoje diluídos na memória dos tempos como os pirolitos, as setas, as barraquinhas de tiros, ou os combates de boxe e luta livre. Já os que ainda se lembram dos tempos áureos recordam o espaço como a “aldeia dentro da cidade”, de boémia e animação, onde se fizeram e desfizeram casamentos, onde se fintou a censura do Estado Novo, e, sobretudo, onde cresceram e se idolatraram gerações de atores e atrizes, então com uma popularidade idêntica à que os futebolistas têm hoje.

O Parque Mayer foi ocupar um espaço junto à Avenida da Liberdade, que pertenceu antes aos jardins e espaços adjacentes do Palácio Mayer e foi construído em 1901 por Nicola Bigaglia e pertença de Adolfo de Lima Mayer. Em 1920, aquele terreno foi adquirido por Artur Brandão e vendido no ano seguinte a Luís Galhardo, personalidade ligada ao meio teatral, que sonhava criar um espaço dedicado ao divertimento. Mas na origem da decisão de venda terá pesado um acontecimento trágico: a morte por afogamento de um neto do proprietário no lago que ali existia.

O Parque Mayer foi ocupar um espaço junto à Avenida da Liberdade, que pertenceu antes aos jardins e espaços adjacentes do Palácio Mayer
(Foto: DR)

Dois anos após a concretização do negócio, a 15 de junho de 1922, foi criado o primeiro teatro, que recebeu o nome da atriz e fadista Maria Vitória, cuja morte (poucos anos antes) criara alguma consternação. Ali se estreou a 1 de julho desse ano a revista “Lua nova”. Esta sala é a única que ainda continua em atividade como teatro, muito pelo caráter resiliente do seu empresário Helder Freire Costa. É preciso esperar quatro anos para, a 8 de julho de 1926, se assistir à inauguração da segunda sala, o Teatro Variedades, que estreou a revista “Pó de arroz”. Seguiram-se o Capitólio, em 1926, e, por último, já em 1956, o novo Teatro ABC, no espaço que fora do “Alhambra” e parte do “Pavilhão Português”, estreando a revista “Haja saúde”.

Das bifanas à música sem fim da jukebox

Estamos no final da década de 1950 quando os quatro teatros começam a funcionar em simultâneo. Em pleno Estado Novo e quando o espaço é já uma referência de diversão e atrai multidões, ávidas de entretenimento e espevitadas pela crítica política subtil à ditadura vigente no país que ali se fazia.

E é no início da década de 1960 que chega ao Parque Mayer o empresário e produtor Hélder Costa, hoje com 81 anos. Das suas quase seis décadas de vivências naquele recinto transbordam memórias, que encerram muitas curiosidades para quem já não viveu os tempos áureos do parque. “Estava sempre em festa”, recorda, referindo-se aos anos dourados das décadas de 1960 e 1970. Hélder Costa conta que entrava ali diariamente e “às dez da manhã já havia música a tocar ao lado do restaurante do Chico Carreira, que tinha um grande reclame luminoso, que fazia as delícias do público”. Num país então muito fechado ao Mundo, tudo o que representasse inovação era motivo de celebração geral. O empresário salienta o sucesso “daquelas máquinas americanas, as jukeboxes, onde se punham moedinhas para tocar discos” e garante que “era uma animação todo o santo dia”, de tal forma, que, “às vezes, saíamos de lá com a cabeça em água”.

Mas o Mayer não se resumia aos teatros e à música. “Havia a barraquinha do chocolate, os sumos de uva, o Amaral, que fazia umas bifanas, que eram uma especialidade”, rebobina Hélder Costa, um dos primeiros a classificar o parque como “uma aldeia dentro da cidade”. Acrescenta que havia mesmo gente a viver dentro do recinto e outros que só de lá saíam para ir dormir a casa. “Lembro-me do restaurante ‘Retiro da Amadora’, que era de três irmãs, todas de Lisboa, mas que não conheciam a cidade, porque passavam a vida lá. De manhã apanhavam um táxi para a Praça da Ribeira, onde se iam abastecer, voltavam para o parque e ali ficavam”, revela.

O empresário e produtor Hélder Costa, hoje com 81 anos, chegou ao Parque Mayer no início da década de 1960
(Foto: Orlando Almeida/Global Imagens)

Quem também começou a vida profissional nesses tempos por ali foi Gina Pinto, uma transmontana que veio para Lisboa para trabalhar no restaurante do tio do ex-marido, que, anos mais tarde, e já depois de se separar, haveria de comprar. Hoje, aos 70 anos, ainda ali se mantém na casa que tem o seu nome e por onde passaram, e continuam a passar, muitos políticos, futebolistas e, claro, atores. “Na altura faziam-se excursões de todo o país para vir ao teatro, mas também é preciso lembrar que não havia televisões, nem nada para as pessoas se distraírem”, enquadra a empresária. Atualmente, o panorama é muito diferente, porque, sublinha, “a malta nova não quer saber de teatros”.

Combates ensaiados que acabavam em lutas

O Parque Mayer havia conquistado os lisboetas praticamente desde a sua inauguração, mas atraía gente de todo o país, sobretudo para assistir à revista à portuguesa, uma categoria de comédia que só ali se fazia. No entanto, nas primeiras décadas, outros espetáculos chamavam multidões, como o fado, o boxe e os combates de luta livre. Estes últimos tinham uma característica própria. Ao contrário do que a maioria do público pensava, nem todos os combates eram “verdadeiros”, antes um espetáculo de artes, ao estilo do atual wrestling. Contam os mais velhos que, por vezes, o nível de entusiasmo dos que assistiam era tanto que na saída havia quem resolvesse pôr em prática alguns dos truques que havia visto. E, de vez em quando, a coisa azedava e havia “lutas mesmo à séria”.

Hélder Costa já não viveu esses tempos, mas lembra-se bem do apogeu do recinto. “Era sobretudo um espaço de grande diversão e de grande boémia”, descreve, recordando que, “à hora do almoço, vinham os diretores dos jornais e das grandes empresas, e como havia muita diversidade de restaurantes estava sempre tudo cheio”.

Carlos Cunha, artista consagrado, não se estreou ali, mas foi lá que passou alguns dos melhores anos da carreira. “Aprendi lá muito. Já tinha feito comédia com o Camilo e com o Solnado, mas a minha primeira revista no Parque Mayer foi em 1974 e chamava-se ‘Uma no cravo, outra na ditadura’, em que contracenei com o Nicolau Breyner, a Ivone Silva, o Paulo Renato, entre outros.”

O Parque Mayer ficaria ligado indelevelmente à sua carreira. Foi lá que conheceu e acabou por casar com a também atriz Marina Mota. “Casámos a uma segunda-feira, que era o dia de folga dos artistas, nos outros estávamos sempre a trabalhar”, assinala, aludindo a tempos que já não viveu, em que havia espetáculos diários e os atores não tinham direito a folgas. E adiciona um pormenor curioso, entre sorrisos: “A minha filha mais velha foi feita no Parque Mayer. Tínhamos de aproveitar os intervalos para namorar”.

Pela história familiar, Vasco Morgado tem uma ligação ao teatro, em particular ao famoso recinto da avenida, que percorre toda a sua vida. “Entrei pela primeira vez no Parque Mayer com dois ou três dias de vida. A minha mãe teve-me e veio fazer uma substituição numa peça, que se chamava ‘Menina Alice o inspetor’. Eu fiquei numa alcofa no camarote da minha avó no Capitólio”, resume.

Vasco Morgado, atual presidente da Junta de Santo António e neto de um dos maiores empresários de teatro nacional com o mesmo nome e da famosa atriz Laura Alves, gostava de fazer do espaço uma escola de artes
(Foto: Paulo Spranger/Global Imagens)

O agora autarca faz parte de uma geração a que chama os “meninos do parque” e, quando começa a desfilar memórias, curiosidades não faltam. “Era uma animação constante”, sustenta, recordando as principais atrações que desafiavam a traquinice própria dos mais jovens: “Havia a Aninhas dos tiros, a Adélia dos pirolitos [uma espécie de gasosa, que tinha um berlinde no interior], os carrinhos de choque, os furinhos na caixa dos chocolates Regina, que davam brindes, e até um alfarrabista, onde se compravam bons livros. Tudo para nós era uma diversão”. Mas um dos passatempos preferidos era mesmo o jogo das setas, em que os participantes eram desafiados a acertar em cartas num painel. “Quem conseguisse ganhava uma gasosa da marca BB (Bem Boa). Era o melhor do dia”, admite, confessando que entre o seu grupo de amigos havia grande competição e os especialistas nessa arte.

Os tempos eram outros. Sem consolas ou telemóveis, era nas ruas que se fazia a vida dos mais novos em jornadas de brincadeira sem-fim. “Nunca sabia se acabava o dia na minha cama, ou a dormir em casa do filho de algum outro artista”, diz. E vem-lhe à memória uma recordação que faz questão de partilhar para ilustrar o caráter livre da juventude no que toca a diversão: “Havia no parque uma mina, de onde toda a gente bebia, mas ninguém sabia de onde vinha a água. Gerações inteiras refrescavam-se com ela e estamos cá todos. Um dia, veio a EPAL recolher umas amostras para análise e concluiu que era imprópria para consumo. Fecharam a mina e nunca mais ninguém matou a sede ali”.

Escondidos da polícia no fosso da orquestra

Brincar na rua era um ato de liberdade, a mesma que faltava a um país, por via da ditadura e dos “bons costumes”, desígnios inquestionáveis do Estado Novo. Às crianças era vedada a possibilidade de assistirem ao teatro. Carlos Cunha, que desde sempre tinha aquele “bichinho” desvenda como fintava o controlo. “Eu via as peças no fosso da orquestra ou no posto dos bombeiros. Outras vezes, cheguei a ir para a caixa do ponto. Tudo isso era uma maravilha. Os artistas metiam-se comigo e eu ficava feliz por estar ali mesmo perto do palco”, assume, acrescentando que mais tarde haveria de contracenar com alguns desses que assistia “às escondidas”.

Uma memória partilhada por Vasco Morgado, que também viu muitas peças na mesma situação. “O meu primeiro beijo foi dado no fosso da orquestra”, revela, de sorriso aberto.

Carlos Cunha guarda outras histórias, que não hesita em partilhar: “Lembro-me de uma ocasião em que o Costa, que era um cauteleiro muito conhecido no parque, tentou vender lotaria ao Ramalho Eanes e este respondeu-lhe, naquele seu timbre de voz tão peculiar: ‘Eu queria comprar-lhe jogo, mas não me deixam andar com dinheiro’”.

Foi no Parque Mayer que o popular ator Carlos Cunha conheceu e acabou por casar com a também atriz Marina Mota

Da história do Parque Mayer fazem parte as inúmeras disputas contra a censura do Estado Novo. Afinal, era ali que, nas revistas, em piadas subtis se davam umas “alfinetadas” no regime. Hélder Costa Freire lembra-se bem desses tempos: “O Salazar nunca viu uma revista na vida, mas havia um ministro que vinha cá sempre, porque andava atrás de uma corista. Em geral, os políticos vinham muito, uns para se divertirem, outros para controlar”.

Neste jogo do “gato e do rato”, até os porteiros eram figuras de relevo, já que avisavam os atores e restante staff quando entrava alguém ligado ao regime. “Quando havia o chamado ‘ensaio da preguiça’ os censores iam lá com as mulheres, que eram muito mais atentas. Eram elas que às vezes se apercebiam de algumas deixas e falavam ao ouvido dos maridos, que depois nos interrompiam e pediam para repetirmos para ver o que lhes teria escapado.”

Como Ivone Silva fintava os censores

E, depois, salienta, “havia a Ivone Silva, que decorava o papel dela e os da companhia inteira”. O empresário conta como a famosa atriz “dizia as coisas tão depressa quando os censores estavam na sala, que estes não percebiam nada”. E, como exemplo, partilha um episódio passado pouco tempo antes do 25 de Abril, quando a Guiné-Bissau declarou, unilateralmente, a independência. “O Roby Amorim, um jornalista do ‘Diário de Notícias’, que era muito nosso amigo, avisou-nos da grande bronca que aquilo ia dar. E no dia seguinte já havia umas tiradas sub-reptícias e as pessoas começaram a comentar coisas do tipo ‘estás a ver como é verdade?’. Cá fora, as coisas constavam-se através do boca em boca, mas lá dentro dizia-se o que se estava a passar.”

(Foto: DR)

A verdade é que, após a revolução, o declínio do espaço e da própria revista ditou um caminho ainda hoje presente. Em 1999, os terrenos do Parque Mayer foram comprados pela Bragaparques por 13 milhões de euros. Em julho de 2005, a empresa permutou os terrenos por parte dos lotes municipais de Entrecampos, onde se situava a Feira Popular. Depois, há uma intricada batalha jurídica entre as partes, até que, finalmente, em março de 2021, a Câmara Municipal de Lisboa vence o processo legal que a opunha à Bragaparques, resultado da disputa referente aos terrenos do Parque Mayer, e que obrigava ao pagamento de 138 milhões de euros pela autarquia à empresa. A decisão, não passível de recurso, faz com que hoje os terrenos sejam definitivamente propriedade municipal.

Batalha jurídica ultrapassada, o Parque Mayer atual é ainda a imagem de abandono. Certo que o teatro Capitólio já foi recuperado e é hoje palco de alguns espetáculos, mas longe da sua vocação histórica. “Deixou de ser um teatro e passou a ser uma cervejaria com palco. Só serve para concertos e festas privadas”, argumenta Vasco Morgado. Júlio Santos, que durante anos foi iluminotécnico do Maria Vitória, não esconde a indignação, quando se refere ao que ali se fez. “Olhar o Parque Mayer atual deixa-me uma sensação de tristeza, pela forma infeliz como está a ser aproveitado. Apesar de todo o seu potencial e ao que estão ali a investir, estão a recuperar o quê? O Capitólio, que nem teia [estrutura para fazer subir e descer os cenários] tem. Aquilo é uma sala de espetáculos, não é um teatro”, vinca. Já Hélder Costa confessa-se “desgostoso” com a situação atual. “Fez-se a reabilitação do Capitólio, onde eu comecei a trabalhar como secretário. Na altura, era um edifício majestoso, tinha uma fachada muito bonita. Dizem que o atual teatro foi feito segundo o projeto original do arquiteto Cristino da Silva, mas este foi introduzindo nuances mais modernas. Por isso, a traça não foi sempre a mesma, ele foi corrigindo algumas coisas. Hoje o Capitólio parece um quartel de bombeiros”, desabafa. E o empresário destaca o projeto que existe para o seu próprio teatro, o Maria Vitória. “Dizem que o querem remodelar para uma sala com trezentos e tal lugares. Isso não dá para fazer teatro de revista, no mínimo tinha de ter o dobro.”

Júlio Santos, que durante anos foi iluminotécnico do Maria Vitória, apoia o projeto de Vasco Morgado: “Uma escola superior de cultura seria a melhor maneira de homenagear o Parque Mayer”
(Foto: Paulo Spranger/Global Imagens)

Longe dos tempos do glamour, o recinto degradou-se. Hoje, além do Capitólio e do restaurante de Gina Pinto, não passa de um parque de estacionamento tarifado, com ar decrépito. A empresária transmontana não acredita que volte o frenesim que ali conheceu. “Gostava de voltar a ver o Parque Mayer a trabalhar em pleno, mas não acredito. Hoje temos o Capitólio com outros espetáculos, sobretudo bandas de música, que puxam muita gente, mas os jovens querem lá saber de revistas”, justifica. E recorda que, não fosse a sua determinação em manter a casa aberta, o parque poderia ter acabado de vez. “Tenho noção que, quando os teatros encerraram, se não fosse eu, o parque tinha fechado. Durante anos, aqui dentro era só o meu restaurante.”

Mas é de Vasco Morgado que vem a proposta aparentemente mais apelativa para o aproveitamento do espaço. “Trazer para aqui os conservatórios que quiserem vir, ter um polo de um museu do teatro dedicado ao que sempre aqui se fez”, resume, destacando as potencialidades do mundo do espetáculo em Portugal. “É preciso fazer disto uma aldeia cultural. Tal como no futebol, em que apostámos na formação e hoje exportamos talento, com a qualidade dos conservatórios de dança e de teatro, se tivermos estruturas construídas de raiz a pensar neles, o céu é o limite”, frisa, enfatizando que “rico é o país que tem o cofre cheio de cultura”.

Aos 70 anos, Gina Pereira é uma das resistentes. “A malta nova não quer saber de teatros”, diz a transmontana, há muito radicada em Lisboa
(Foto: Paulo Spranger/Global Imagens)

A ideia agrada a Júlio Santos. “Eu sou entusiasta do projeto do Vasco Morgado. Montar aqui uma escola de teatro, que isto tem espaço para isso e muito mais. Aliás, transformar todo o recinto numa escola superior de cultura seria a melhor maneira de homenagear o Parque Mayer e de todos os que por lá passaram.”

Imaginar o centenário parque como berço de uma nova geração de atores é o sonho do autarca, agora mais confiante no atual executivo municipal, depois de nunca ter conseguido despertar o real interesse do anterior presidente da Câmara. “O engenheiro Carlos Moedas gosta deste projeto, sobretudo da sua base, que é fazer do Parque Mayer uma escola de artes. Por isso, entreguei-lhe a proposta e ele irá agora desenvolver o plano ‘Parque Mayer 2.0’”, conclui.