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Uma novela sem final feliz (para Djokovic)

Fotos: Martin Bureau/AFP

Funcionário transfronteiriço considerou que Djokovic não era elegível para a isenção médica

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Mais de dez dias depois de ter chegado a Melbourne para disputar o Open da Austrália em ténis, Novak Djokovic acabou deportado e sem pisar o court, por não estar vacinado contra a covid-19. Os contornos inusitados de uma narrativa rocambolesca.

O que está em causa
A questão, em traços gerais, é simples: a Austrália não permite, salvo muito raras exceções, a entrada de pessoas que não tenham sido vacinadas contra a covid-19. E Novak Djokovic não foi. Mas apresentou uma isenção médica para poder entrar no país e participar na prova. É aqui que começa o imbróglio.

Ora sim, ora não
Horas depois de o tenista sérvio aterrar, o visto foi cancelado por um funcionário transfronteiriço, que considerou que Djokovic não era elegível para a isenção médica. Primeiro, o tribunal ainda anulou a recusa do visto. Mas, dias depois, este voltaria a ser cancelado, “por motivos de saúde pública”. O tenista recorreu, só que o Tribunal Federal australiano indeferiu o recurso.

“Maltrataram um tenista durante dez dias apenas para lhe entregar uma decisão cujo conteúdo conheciam desde o primeiro dia”
Aleksandar Vucic
Presidente sérvio, referindo-se às autoridades australianas

Djoko mal na foto. Ou sim, ou sim
A isenção médica solicitada pelo tenista tinha como premissa o facto de ter tido covid em dezembro, tendo alegadamente testado positivo a 16 de dezembro. A questão é que, nos dias seguintes, foi “apanhado” em público, por mais do que uma vez. A outra hipótese não é mais simpática para a sua imagem: o teste ter sido adulterado.

9
O número de vitórias do número 1 do Mundo no Open da Austrália. O décimo triunfo ficará agora em suspenso, visto que a deportação implica a proibição de entrada no país durante três anos.