Susana Romana

Tiago Brandão Rodrigues, a trasladação do coração de D. Pedro e as sanções à Rússia

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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Os líderes europeus chegaram a acordo sobre o sexto pacote de sanções à Rússia. Parece sempre que estamos a ver a estreia de mais um filme “Velocidade furiosa”: mais agressivo, mais radical,… mas depois sempre semelhante aos anteriores.

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Bom, talvez eu não esteja a ser justa. É que desta vez os países da UE comprometeram-se a reduzir as importações de petróleo russo em 90% até ao fim do ano. Portanto: estão a acabar o seu namoro energético com a Rússia, mas a dar-lhe uns bons meses para ir ao Tinder arranjar um sucessor.

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Fora destas combinações ficou esse paraíso democrático na Europa plantado que dá pelo nome de Hungria. Orbán conseguiu que o Conselho Europeu deixasse o seu país continuar a abastecer-se de petróleo russo. Acho sempre comovente quando alguém coloca as suas amizades acima do seu trabalho. #bffputin

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Os 27 também aprovaram uma ajuda à Ucrânia de nove mil milhões de euros para o governo de Kiev poder fazer face às necessidades imediatas. Ainda bem, que só em Internet de fibra para participar em 32 eventos por dia o Zelensky gasta um dinheirão.

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Um visitante atirou um bolo duchese contra o quadro da Mona Lisa, no Louvre. O acrílico em frente à obra protegeu-a das natas, o que foi ótimo porque a Mona tem pele com tendência a oleosa e ia ficar péssima.

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Não sei se vai nascer daqui uma tendência ao nível do ativismo e se vai tudo desatar a atirar pastelaria fina a quadros famosos. Mas enquanto alguém não atirar um pastel de Tentúgal ao Menino da Lágrima eu não descanso.

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Tiago Brandão Rodrigues foi escolhido pela UEFA para liderar o processo de investigação aos incidentes registados na final da Liga dos Campeões. O clima da final foi bastante agressivo, mas, depois do que o ex-ministro passou com os colégios por causa do fim dos contratos de concessão, isto é para meninos.

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O Brasil pediu a Portugal a trasladação do coração de D. Pedro para a celebração dos 200 anos da independência. Mas tanto tempo depois não sei se vai a tempo da cirurgia.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 5 de junho – número 1567 – da “Notícias Magazine”]