No verão, peças compostas de fibras naturais são as indicadas como garantia de verdadeira frescura. Linho e algodão são opções a ter em conta, a par de outras fibras que deixam o corpo respirar.
O design pisca o olho ao consumo, deitando a etiqueta com a composição do que se compra para segundo plano ou até mesmo votando-a ao esquecimento. Dessa forma, o que parece bonito e fresco pode revelar-se uma compra instintiva e, na prática, pouco agradável quando o calor se faz sentir.
Tecidos leves e esvoaçantes, compostos integralmente (ou quase) de poliéster, dão forma a peças que se vestem no verão, mas a aparência engana. Isto porque “o poliéster, que é uma fibra sintética muito usada nos têxteis, não deixa a pele respirar e pode provocar odores inesperados”, ressalva a consultora de imagem Raquel Guimarães. Dessa forma, aponta, “deve ser evitado em peças junto ao corpo como tops, t-shirts, camisas, vestidos ou blusas”. Além disso, segundo a especialista, é preciso ter cuidado com “o brilho artificial e pouco elegante” que este material, a maioria das vezes, exibe. “Procurar peças que tenham na sua composição misturas com fibras naturais, pelo menos numa percentagem de 40 a 50%”, é a solução, garante.
Nos dias quentes, Raquel assegura que “o ideal seria usar fibras naturais, ou seja, aquelas que são retiradas da Natureza, como o linho, o algodão, a lã, a seda e a viscose”. Respiráveis, “absorvem a transpiração evitando maus odores e são muito confortáveis ao toque”, acrescenta. Por norma, este tipo de vestuário dura mais tempo, mas também é mais dispendioso, por isso há que apostar nos saldos que ainda estão em vigor.
Muitos materiais misturam-se, exigindo atenção às etiquetas, pois há combinações mais benéficas do que outras. O linho, por exemplo – só deve ser usado na primavera/verão -, pode fundir-se “com viscose ou algodão”. Desta forma, “manterá o espírito alinhado, sem amarrotar com tanta facilidade”, nota a consultora. Em algumas propostas, pode encontrar-se uma pequena percentagem de elastano (ou licra) que, embora seja uma fibra sintética, soma “conforto e flexibilidade às peças”. No final, o segredo está na etiqueta que influenciará a melhor escolha, até porque a tecnologia vai oferecendo cada vez mais sugestões em prol da sustentabilidade.