Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Amanhã à tarde vou levar a minha terceira dose da vacina. Alguém sabe se é preciso levar o cartão de pontos? Com esta dose já recebo grátis uma caneca de viagem ou uma bola de praia? Ou o elefante de peluche que o senhor do partido ADN levou para o debate na RTP?
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Para quem perdeu este excelente espetáculo televisivo, na passada terça-feira houve um debate no canal público com todos os partidos sem representação parlamentar. Se bem que eu fiquei sempre com a sensação que era só um programa de apanhados para tramarem o coitado do Carlos Daniel.
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A parte melhor foi quando faltou a luz, até porque fez um paralelismo muito poético com a idade das trevas que ocorre sempre que o candidato do Ergue-te abre a boca. Para quem não conhece, o Ergue-te é a versão de marca branca do Chega. E “marca branca” até lhes assenta bem.
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O supracitado elefante de peluche foi levado por Bruno Fialho, candidato de um partido negacionista que quis identificar a pandemia como um “elefante na sala”. Quem não estava efetivamente na sala era o Bruno, que se recusou a fazer teste e procedeu a debater em regime de teletrabalho obrigatório, quiçá com calças de pijama.
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Deu nas vistas a candidata do MAS, Renata Cambra, que alguns espectadores compararam às mulheres do Bloco de Esquerda. Apesar de isso ser um pouco como dizer “queres ir ver os Pink Floyd?” e acabar a ver uma banda de covers a assassinar o “Dark side of the moon” numa cave em Águeda.
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De resto, excetuando talvez o candidato do Volt, o que fica do debate é que os nossos pequenos partidos têm também eles cabeças pequenas. E nem tudo o que é pequenino é fofinho, ok?
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E por falar em fofo: Boris Johnson foi a uma festa sem saber. Pelo menos é assim que o PM britânico se defende sobre ter ido a um “encontro de colegas” com álcool à mistura durante o confinamento de 2020. Acontecia-me imenso. “Como assim isto é a Kadoc às três da manhã e não um centro de explicações para eu me preparar para o exame de Latim?”
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Depois de ter sido expulso da Austrália, o tenista Novak Djokovic incorre em não poder participar no Roland Garros, agora que as regras em França foram alteradas. Se se quiser vacinar sem parecer que voltou atrás nas convicções, pode fazer como o Boris. “Eu só vi pessoas com seringas na mão, não percebi que era um centro de vacinação, pá.”