Prestígio, legado e investimento atraem milhares de clientes para o mercado dos relógios de luxo. Um segmento de elite com perspetivas de crescimento.
“Neste momento temos listas de espera superiores a sete anos para alguns modelos Rolex.” Foi desta forma que Bruno Rodrigues, responsável de marketing e de vendas da relojoaria Marcolino, no Porto, começou por falar deste “mercado que está em completa ascensão”, dominado por um público maioritariamente masculino que procura o prestígio de marcas como Blancpain, Vacheron Constantin ou Rolex para adquirir aquilo que, ao longo do tempo, se tem revelado um investimento.
Bruno Rodrigues explica que “grande parte destes relógios de segmento acabam por subir de preço com os anos” e que, por isso, muitas coleções não estão disponíveis para venda imediata nas lojas.
A trabalhar há oito anos numa das relojoarias mais conceituadas da Invicta, o especialista revelou que o relógio mais caro em loja foi vendido por meio milhão de euros. Desde o ouro à platina, passando pelo aço – e por outras funções, “sejam elas a fase da lua ou o calendário perpétuo” -, tudo contribuiu para aumentar os dígitos na conta final.
Num mercado que tem atraído, nos últimos anos, cada vez mais clientes, Bruno Rodrigues destaca o “consumidor americano, o maior comprador de luxo do Mundo”, como o público-alvo predominante.
Falamos de um nicho particular de clientes que não compra um simples relógio, mas antes uma herança que passa de geração em geração.