Nissan Qashqai: pioneiro regressa sem diesel

Reféns da transição energética, as marcas têm de oferecer viaturas mais “limpas”. O Qashqai recorre à hibridação (muito) ligeira

Lançado em 2007, o primeiro Qashqai criou um segmento (SUV compacto) e fez disparar as vendas da marca. O novo modelo chega agora, sem diesel e uma estética interessante.

Enquanto não chega o verdadeiro híbrido, o e-Power, a Nissan dotou o motor 1.3 DIG-T de um sistema ligeiro de apenas 12 volts, cuja ajuda mal se nota e bem falta faz. O Qashqai dececiona na entrega de potência a baixas rotações e obriga-nos, em cidade, a reduções constantes para acompanharmos o trânsito, o que se reflete nos 8 l/100 km que fizemos em circuito urbano. Tudo muda em autoestrada, com o motor a demonstrar uma boa elasticidade e a subir de rotações com bastante alegria e consumos sempre abaixo dos 6 l/100 km. E o Qashqai tem mais motivos de agrado: da (re)evolução estética ao incremento das dimensões interiores e exteriores, passando pelas melhorias da qualidade dos materiais e do sistema de informação e entretenimento, até ao incremento dos sistemas de segurança e de conforto. A versão que conduzimos, a Tekna+, tinha jantes de 20 polegadas, suspensão desportiva e independente às quatro rodas, que em pouco beliscam o conforto e aumentam a eficácia em estrada. Os preços arrancam nos 29 550 euros (versão Acenta de 140 cavalos) e vão até aos 40 850 (Tekna+ e caixa CVT).

Equipamento
Sendo a versão de topo, a Tekna+ oferece banco do condutor elétrico e com massagens e um sistema Bose, com oito colunas.

Caixa
Está disponível uma caixa CVT (de variação contínua) que poderá eliminar a “anemia” nas baixas rotações. Custa mais 1800 euros.

Segurança
São 17 os sistemas de segurança. Incluem a anticolisão frontal com assistência em cruzamentos e reconhecimento de peões e ciclistas .