
Os puristas ficaram com os cabelos em pé. Pode um Ford Mustang ser elétrico? E em formato SUV? Sim e sim. As performances estão lá e a forma continua inconfundível.
Mesmo que a Ford lhe tivesse dado outro nome, os olhos não enganam e batizavam-no logo de Mustang. A marca juntou-lhe o Mach-E, referências óbvias à velocidade e à motorização elétrica. Mesmo a versão menos potente, com “apenas” 269 cavalos, acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 6,9 segundos. Ensaiámos o Long Range (98,8 kWh), tração integral, 351 cavalos e 550 quilómetros de autonomia anunciada. Impetuoso no modo mais extremo de condução – o “Untamed” – mas muito eficaz, sem ser um desportivo, fruto da suspensão que “tem” também de ser confortável. Na maior parte do tempo conduzimos em Active, modo intermédio, e foi com ele que conseguimos atingir consumos de 18 kWh/100 km, abaixo dos declarados pela Ford. No interior, onde se misturam materiais de qualidade e outros medianos, destaca-se o monitor central de 15,5 polegadas. Muito intrusivo, mas com o pormenor dos comandos da ventilação estarem sempre visíveis. Mas gostamos da resposta rápida a todas as ordens. O preço dos Mach-E começa nos 66 922 euros, passa pelos 75 mil na versão ensaiada e vai até aos 88 853 no potente Mach-E GT.
Curiosidades
A porta pode ser aberta num botão localizado no pilar, ou digitando um código. Largando a porta ela não fecha, evitando entalamentos.
Dimensões
O Mach-E tem 4,71 metros de comprimento, para 1,88 de largura e 1,59 de altura. A bagageira traseira leva 402 litros e a da frente (“frunk”) 81.
Equipamento
Dispõe de faróis LED adaptativos, com máximos automáticos antiencandeamento, assistência pré-colisão e assistência dinâmica à travagem.