Liz Truss, as moscas domésticas e a Jornada Mundial da Juventude

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Esta foi uma semana de muita chuva um pouco por todo o país, com algumas inundações. Uma vergonha para uma nação que se quer vender como um paraíso para os nómadas digitais. Então os americanos vêm para cá para ter de andar de guarda-chuva em vez de ir à praia, coitadinhos?

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Portugal vai até ter novos vistos para estes nómadas digitais que comprovem que recebem pelo menos 2820 euros, quatro vezes o valor atual do salário mínimo nacional. No fundo, tudo para tornar o português também ele um nómada, mas dos comuns, já que não vai ter dinheiro para assentar em lugar nenhum.

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Os anúncios desta iniciativa do governo até já circulam pela imprensa internacional: “Já pensou em trabalhar à beira-mar num país tropical com um baixo custo de vida, impostos reduzidos e em plena Europa?”. De facto, só nos falta um tipo vestido de Mickey dentro dos Jerónimos para sermos a Disneyland dos riquinhos do digital.

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O tabloide inglês “Daily Star” está a transmitir no YouTube um vídeo de uma alface ao lado de uma fotografia da primeira-ministra Liz Truss, com a questão: “O que vai durar mais, a alface ou a líder do Partido Conservador?”. É o oposto de alguns ministros nossos, que façam o que fizerem duram sempre mais do que uma conserva de sardinhas embalsamada e posta em formol.

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Mas Liz Tuss pode estar mesmo por um fio, estando já o próprio Partido Conservador a pressionar a sua saída. O Governo está mais podre do que os dentes do inglês médio.

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Aumentam as queixas dos portugueses de que este ano há muito mais moscas domésticas, talvez por causa das alterações climáticas. Os especialistas dizem que há falta de dados para o afirmar, mas há pelo menos um dado concreto: a de que este país está cheio, metafórica e literalmente, daquela substância castanha onde as moscas adoram fazer um Aquaparque.

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Já se sabem os preços para a Jornada Mundial da Juventude, a decorrer em Lisboa, em agosto de 2023. Os valores das várias modalidades de pacotes vão desde os 50 aos 235 euros, dependendo do tempo de estadia. Às vezes, o corpo de Cristo é aquele filet mignon que custa um balúrdio o quilo.

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No decorrer de uma sessão do seu julgamento, Rui Pinto desculpou-se à juíza: “Não estava consciencializado do conceito do crime de extorsão. Só tenho o 12.º ano, senhora juíza”. De facto, andaram a ensinar-lhe as capitais e o ciclo da água e nada sobre criminalidade na ótica do utilizador.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 23 de outubro – número 1587 – da “Notícias Magazine”]