António Lessa e Francisco Machado criaram a Leko Brand com um acessório inovador no mercado nacional. Para proteger os olhos e contrariar a fadiga nesta era digital. Cinco modelos batizados com nomes que os inspiram.
São amigos há dez anos, são jovens, são do Porto, o espírito empreendedor corre-lhes nas veias. Tinham o sonho de criar algo em conjunto, fazer acontecer, ver crescer. António Lessa, 23 anos, licenciado em Gestão, a frequentar mestrado em Negócios Digitais e Inovação em Madrid, e Francisco Machado, 22 anos, no último ano de Engenharia e Gestão Industrial, em mobilidade estudantil na Argentina, perceberam que havia caminho para andar e avançaram. “Estudámos o mercado, a indústria, pesquisámos e percebemos que havia uma grande oportunidade em Portugal, não havia uma marca de óculos dedicada a 100% à luz azul”, conta Lessa. A ideia surgiu no verão de 2020.
Meses antes, um amigo holandês de Lessa, do tempo de estudante em Bogotá, Colômbia, veio a Portugal e explicou por que razão usava óculos que protegiam os seus olhos da exposição aos ecrãs. A conversa casual não saiu da cabeça dos dois amigos. A Leko Brand acabou por nascer em fevereiro de 2021 como a primeira marca portuguesa de óculos antiluz azul. Um acessório para usar com ou sem graduação, com visual simples e moderno, pensado para todas as faixas etárias.
As lentes são especiais, feitas com material que absorve e filtra, em simultâneo, a luz azul. A superfície exterior reflete essa luz, é uma lente que também protege da radiação ultravioleta. Os componentes são leves e os óculos confortáveis. “É um produto que consegue ter o melhor dos dois mundos: por um lado, protege a saúde, o aspeto mais importante, e, por outro, a vertente estética da moda”, diz Lessa. “Quisemos criar uma marca que fosse jovem e acessível a toda a gente”, acrescenta. O ADN é 100% nacional. “Tem sangue português, tem pensamento português, passámos para a marca tudo o que é o processo empreendedor português.”
António Lessa e Francisco Machado dedicaram tempo ao projeto. Constataram que o tema da luz azul dos ecrãs tecnológicos, computadores e telemóveis, andava na ordem do dia, e que as queixas de quem passa longas horas nesses aparelhos não paravam de aumentar – dores de cabeça, cansaço ocular, fadiga mental, desregulação do sono, olhos secos, entre outros efeitos negativos. Procuraram fornecedores, quem produzia, quem estava por detrás das lentes, focaram-se nos testes de qualidade e conformidade.
A Leko tem, por enquanto, cinco modelos batizados com nomes de personalidades que inspiram os dois amigos. Os Bills de Bill Gates, os Vincis de Leonardo da Vinci, os Steves de Steve Jobs, os Jeffs de Jeff Bezos, os Monroes de Marilyn Monroe. Custam entre 39 e 64 euros. Neste momento, os óculos estão à venda online num site (www.lekobrand.com), no Instagram (@lekobrand), e em duas lojas físicas no Porto.
A ideia é entrar em mais óticas e em lojas multimarcas. Até porque, sublinha Lessa, “é um acessório que as pessoas gostam de experimentar”. E o objetivo é não parar. “A coleção vai aumentar. Uma marca nunca pode estar parada, tem de estar sempre a pensar, sempre a inovar.” Sempre a evoluir, sempre a crescer.