Lares que são hotéis de luxo para idosos

Os detalhes são preciosos. Vista mar, jardins, refeições no quarto, menu à escolha, terraço com flores, claraboias no teto, atividades personalizadas. Luz, muita luz. Há residências que são obras de arquiteto, atentas aos pormenores. Não é para todos, é para quem pode. A institucionalização já não é o que era.

Raúl Fernandes retribui a pergunta. “Que idade acha que tenho?” Setenta e poucos? Oitenta e sete, anuncia sorridente. Parece mais novo. Vive num apartamento com dois quartos, num deles guarda o piano da mulher, sala de estar, casa de banho, duas varandas no terceiro andar da Residência Domus Vida Estoril, na Parede, Cascais. Vista para o mar, para Carcavelos, há tempos uns pombos fizeram um ninho na sua varanda. “Devem ter achado que era um sítio bonito”, comenta. E é, com esta paisagem e cheiro a mar.

Raúl Fernandes tem o mar à porta na Residência Domus Vida Estoril. Luísa Loureiro é diretora técnica
(Foto: Victor Machado/Bluepeach)

Raúl e a mulher mudaram-se de Lisboa para a residência em junho de 2017. A esposa tinha Alzheimer, precisava de cuidados, um primo falou-lhes daquele lugar. O casal viu, gostou, mudou-se. Maria da Luz, professora de piano, ainda tocava. “Toda a gente gostava imenso de a ouvir. Há dois anos, a situação agravou-se, fechou os olhos. Como gostava disto, quis cá permanecer e ficou tudo no mesmo apartamento”, conta. Na sala de estar, tem as máquinas para fazer ginástica, uma vez por semana, pelo menos, dedica-se ao exercício. Lá fora, o barulho do mar. “Tenho uma vida alegre, obstante a perda da minha mulher.”

Quarto da Residência Domus Vida Estoril, na Parede, Cascais
(Foto: Victor Machado/Bluepeach)

Cabelo arranjado, bem-apresentada, calça e blusa, mala a compor o conjunto. Paula Magalhães, 73 anos, admite que é vaidosa, sempre gostou de se pintar, de se apresentar bem. Trabalhou na TAP, no escritório, no balcão do aeroporto de Faro, até aos 60 e muitos. É algarvia, sofreu um AVC que lhe retirou mobilidade, está há cinco anos na Resisénior Gold em Braga, cidade onde moram os cunhados, que aconselharam a vinda para o norte e a nova morada e são visitas constantes. Está contente. “Em certos aspetos, parece um hotel, a localização, os quartos. Gosto da maneira como nos tratam, são atenciosas e respeitam as nossas necessidades. Gosto que falem comigo normalmente e que se converse sobre assuntos banais.”

Paula é faladora, o marido é mais reservado, não sai muito do quarto. Há dias, em mais um debate coletivo, viu um filme sobre o Palácio de Belém, achou a representação bastante interessante. Aprecia esses momentos. “Por vezes, falo muito. Gosto de ler, de estar ao corrente das notícias, gosto de algumas novelas.” No quarto, vê programas em inglês para não esquecer a língua e programas de culinária – o marido brinca, chama-lhes os programas dos refogados, ela não se importa porque, admite, fica com a cabeça mais leve.

Paula Magalhães é algarvia, vive na Resisénior Gold, em Braga, uma estrutura moderna com terraço generoso
(Foto: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

Maria Umbelina não quer fotos, não quer, não quer, pronto, não quer. Nem os filhos nem os netos têm permissão para a fotografar, há fotos suas a preto e branco que são suficientes, que as recordações em papel sejam essas, de quando era nova. Continua bonita. Anda para cá e para lá, dali a pouco é hora do bingo, há dias correu-lhe bem, ganhou três chocolates, três bingos, a linha vale um rebuçado. Puxa a sua máquina de oxigénio. “É o meu Bobby. Quem me mandou fumar tantos anos?”

Umbelina tem 80 anos, foi administrativa em várias escolas, está na Pinheiro Manso Residência Sénior, no Porto, há cinco, o marido faleceu, veio pelo próprio pé, não queria ficar em casa, nem na sua, nem de nenhum filho. “Sempre me seduziu uma casa destas, gosto muito de conviver.” Na missa de sétimo dia do marido, foi à caixa de correio, havia publicidade da residência, decidiu, ficou decidido. “Vou para lá, disse logo, estive à espera que abrissem. Nunca me arrependi de vir para cá e a minha família fica muito contente. Posso dizer que estou muito feliz.” À sexta-feira, vai à cabeleireira, gosta de bowling, de jogar cartas, do bingo, de conversar, da estimulação cognitiva, de coisas que deem para pensar, de conviver, volta e meia conta anedotas, dá-se muito bem com a parceira de quarto, tem vista para o jardim. “Vou a tudo, à ginástica é que não gosto lá muito de ir.” Tem televisão no quarto, computador com Internet, faz sopa de letras, criptocruzadas. “Mesmo no quarto estou muito entretida”, diz. “Sou uma pessoa extremamente feliz, sinto-me muito bem.” Quando tem de tratar dos seus assuntos, sai, a pé, vai à farmácia, ao banco, às compras.

Jardim, corredores espaçosos, peças de arte na Pinheiro Manso Residência Sénior, no Porto
(Foto: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Maria Martins vai fazer 95 anos e também não quer ser fotografada na Residência Montepio do Montijo. É pena. Confessa que é rabugenta e exigente, diz o que tem a dizer, não manda recado. Não perdeu a destreza das mãos, faz quadros com escamas de peixe que pinta, flores de papel para as festas da residência. “É o que aparece”, atira. Agora está na fase das missangas. Faz ioga também. Depois de almoço costuma fazer uma sesta. “Fecho os olhos e deixo-me dormir.”

Residência Sénior Pinheiro Manso, no Porto
(Foto: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Um problema no joelho dificulta-lhe a mobilidade, não tem vontade de sair. “Vim para aqui porque quis, é a minha casa.” Morava em Lisboa, não fazia sentido continuar lá. “Despachei tudo de casa, só fiquei com a cama articulada.” Mudou-se com a cama e a roupa, comprou uma cafeteira elétrica, ficou depois da morte do marido, a filha mora ali, no Montijo. Está lá há quase nove anos. “Para mim, é o ideal. Aqui é que me sinto bem, conheço toda a gente.” A janela do quarto dá para a rua principal. “Gosto desse movimento, distrai-me.” No passado, uma vida de empregada de escritório.

Tranquilidade e conforto na cidade

É quinta-feira, na Resisénior Gold, em Braga, há creme de cenoura com brócolos e massada de peixe ao almoço, creme de legumes e pernil com batata-doce, legumes no forno, ao jantar, fruta à sobremesa. É possível pedir alterações à ementa e fazer as refeições no quarto. Desde que ali mora, Paula já espreitou a cozinha, tem pratos preferidos, carne grelhada, bife de peru, lombo de porco assado. Era cozinheira de mão-cheia. “Fazia tudo e nunca fiz nada que deitasse fora, tudo ficava bom.” As suas mãos tinham jeito para outras artes. “Em casa, dedicava-me a pinturas, a bricolage e coisas assim.” Costela de artista? “Não sei que costela é, fazia peças que achava que ficavam engraçadas, o que calhava, bonecos, estátuas, paisagens. Às vezes, pegava em fotografias e pintava.” Escolhia imagens que tivessem o mar e as rochas do seu Algarve. Agora, do quarto, vê a cidade e o pôr do sol. “Aqui estamos bem. Gosto de poder conversar.”

Quarto da Resisénior Gold, em Braga
(Foto: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

O painel das atividades informa que é dia de sessões de orientação para a realidade e relaxamento de manhã, pela tarde, puxa-se pela memória, fazem-se movimentos e treinos de marcha. Há ainda terapias com animais, aves de rapina, atividades com videojogos. Vasos com orquídeas, ementa feita para cada estação do ano, cabeleireira. Todos os dias, Paula faz fisioterapia.

O edifício de sete andares destaca-se na paisagem, arquitetura moderna, molduras de várias formas e feitios que enquadram as janelas num desenho pouco convencional, nada simétrico, inesperado até. Obra de arquiteto, hotel sénior construído de raiz, no perímetro urbano de Braga, escolas ao pé, a agitação estudantil do entra e sai. No terceiro piso, um terraço moderno com uma vista deslumbrante.

Resisénior Gold, em Braga
(Foto: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

Luís da Silva, diretor regional da Orpea Portugal, multinacional francesa, dona da Resisénior Gold, descreve o que é importante. “Cada quarto é a sua casa, trazem tudo o que os faz sentir bem, animais de estimação, recordações, personalizam o quarto. É importante que se sintam bem, que se sintam num hotel.” A localização é estratégica e ponto de honra. “Podem sair, estão a dois passos do centro da cidade, podem fazer uma vida normal mesmo dentro de uma instituição.”

Resisénior Gold, em Braga
(Foto: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

A Pinheiro Manso Residência Sénior está numa área nobre do Porto, a dois passos da Avenida da Boavista, e surge em dois planos. Uma casa antiga, que pertenceu ao urologista Guedes de Carvalho, reabilitada para zona de lazer. E um prédio moderno construído de raiz para residência de idosos com ar de hotel, desenho de arquiteta, entrada envidraçada, sofás de couro, almofadas com padrões florais, flores em jarras. O castanheiro que havia lá fora, e que não foi possível manter, transformou-se em peças de madeira pela arte do escultor Paulo Neves. Em anjos, num Cristo, no altar, no banco do padre da capela – no sítio da árvore tão densa está um Cristo protetor. Os corredores têm sofás e pequenas mesas com jarras de flores (há flores trazidas pelos trabalhadores), são largos, tão largos que parecem salas.

A luminosidade foi pensada ao pormenor, entrada de luz direta em todos os quartos, luz de presença nos corrimões de madeira, um aquário de parede que dá para a sala de relaxamento, piso radiante, ginásio. Sistema de aspiração central, de lavagem e desinfeção em todos os espaços. Não há ar condicionado para evitar infeções respiratórias. Há luz, muita luz. O edifício tem três claraboias do teto ao chão sem betão entre os quatro pisos. E há rasgos nas paredes para entrar mais luz. Duas salas de refeições, pratos pendurados na parede, louça de requinte, chá servido em bule, toalhas de pano. Na ementa, três pratos, carne, peixe e dieta, mais cinco à escolha. Duas salas de estar com sofás amarelos, quadros nas paredes, amplas e com vista para um jardim nas traseiras, espaço sempre ao dispor dos residentes e familiares. Quem é autónomo sai pelo próprio pé, dá a sua voltinha, até à praia, ao parque da cidade, onde quiser.

Quarto da Residência Sénior Pinheiro Manso, no Porto
(Foto: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Ângela Cardoso, 91 anos, anda pelo jardim, por vezes, colhe trevos para dar a quem ali trabalha, e algumas plantas para colocar junto à fotografia dos pais que tem no quarto. É bióloga, gosta da Natureza. Chegou à Pinheiro Manso há quatro anos, aprecia o seu lar. “Está muito bem adaptado, espaços grandes, quartos bons.” Trouxe o leitor de discos, lê, faz palavras cruzadas em várias línguas. Nunca lhe fez confusão ir para um lar e viu vários. “Uma decisão natural, sempre vivi sozinha, sempre fui muito autónoma. Gosto de aqui estar, as pessoas são formidáveis.” Também não quer fotos.

Residência Sénior Pinheiro Manso, no Porto
(Foto: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Ana Silva, diretora técnica da Pinheiro Manso, realça a tranquilidade no centro do Porto. A residência tem capacidade para 120 utentes, tem 78 neste momento dos 68 aos 103 anos, e 81 trabalhadores. Não há televisão no quarto, só se o residente quiser. A ideia é incentivar o convívio nas salas comuns. E não há números acabados em 13. Cabeleireiro, barbeiro, podologista. Sandra Pereira, também diretora técnica, destaca outros pormenores: “os materiais utilizados visam sobretudo o conforto e a segurança”, “tem aspeto de hotel”. Tem mesmo. “Aqui estão como se estivessem num hotel. Não deixa de ser uma geração que ainda tem uma imagem negativa da institucionalização”, repara Ana Silva. O cenário está a mudar. “É possível tornar estes momentos de vida muito mais aprazíveis, estão a escolher uma nova família.” Estar numa instituição é estar numa comunidade e é ter estratégias. “Os pequenos pormenores ajudam no aceitar da institucionalização, quer seja na escolha do parceiro do quarto, das refeições, na orientação para as atividades. Cada vez mais se caminha para uma institucionalização feliz e próxima da família”, diz Ana Silva.

Mais ativos, mais exigentes, menos resignados

A população portuguesa está cada vez mais envelhecida, dados provisórios dos Censos de 2021 revelam que por cada cem jovens há 182 idosos. Os mais velhos são já um quarto de toda a população residente, 23,4%, os jovens não chegam aos 13%.

A institucionalização é uma resposta legítima, refere Constança Paúl, doutorada em Ciências Biomédicas, professora e investigadora, diretora do programa doutoral em Gerontologia e Geriatria das universidades do Porto e de Aveiro, autora de vários artigos e livros sobre envelhecimento. Mas essa opção deveria, em seu entender, “ser uma alternativa para pessoas com níveis de dependência funcional incompatível com a vida independente na comunidade que são, felizmente, uma minoria.”

As instituições residenciais têm mudado para melhor, na qualidade, nas instalações, nos serviços. “Os utentes atuais são cada vez mais diferenciados, com necessidades básicas, mas também de desenvolvimento e enriquecimento pessoal.” Mais exigentes, mais escolarizados, mais ativos e menos resignados. “O controlo sobre a própria vida é um aspeto chave da dignidade humana e da qualidade de vida e bem-estar das pessoas mais velhas”, sustenta Constança Paúl.

Há, no entanto, perguntas a fazer. O que é ir para um lar? Quem está física ou mentalmente dependente? Quem está sozinho? Que gosta de viver num contexto coletivo? É uma opção baseada em dificuldades de saúde e funcionais ou em dificuldades sociais e psicológicas? Tudo é importante. Constança Paúl salienta outros fatores, como os custos ligados à capacidade financeira que, na verdade, não é equitativa. “O acesso a serviços de qualidade é muito caro e, portanto, restrito a pessoas com uma situação socioeconómica mais favorável.” Por outro lado, há o corpo técnico, desde auxiliares a diretores técnicos. “Postos de trabalho tão exigentes são, na generalidade, pouco valorizados socialmente e muito mal remunerados, o que provoca o recrutamento de pessoas pouco qualificadas e motivadas e muita rotatividade laboral.”

Os dados mais recentes indicam que há 93 505 idosos em 2551 lares e residências espalhados pelo país, públicos e privados, excluindo centros de dia e apoio domiciliário. Raúl Fernandes é um deles. De vez em quando, toca piano, aprendeu de ouvido, no piano que está no jardim de inverno. “Sou um pianista de sétima ou oitava categoria.” Demasiado modesto, garante quem o escuta. Lê bastante, conversa, por vezes pega no seu carro que está na garagem da residência e dá um passeio pelo Guincho, por Sintra, Ericeira, Azenhas do Mar. Foi diretor financeiro de várias empresas de celulose, voluntário no IPO durante 27 anos.

A liberdade de estar como em casa

A Residência Domus Vida Estoril na Parede, do Grupo José de Mello, tem vista mar, vista praia, comodidades de hotel, assistência 24 horas, luz anti sombra, jardim, biblioteca, aulas de pintura, de música, hidroginástica, jogos, psicoterapia, atividades no interior e no exterior. É um edifício de arquiteto. “O que nos diferencia é a qualidade dos nossos profissionais”, ressalva Luísa Loureiro, diretora técnica. “Um ambiente saudável e feliz.” Psicologia, neurologia, 24 horas de enfermagem, refeições personalizáveis, serviço à mesa, cabeleireiro duas vezes por semana, toalhas de linho, lavandaria, podologista, missa aos domingos, piscina interior com vista para o jardim, aulas de hidroterapia, aulas de movimento, ginástica, pintura, trabalhos manuais, estimulação cognitiva, palestras, visitas ao exterior, idas ao cinema e ao teatro. São 102 utentes dos 50 aos 104 anos, e 110 funcionários. “É um ambiente de casa, de nossa casa.” Liberdade total para personalizar o quarto. “Nesta fase da vida, dá-se tudo o que se pede, é importante este aconchego. Cada um pode fazer a sua vida, ninguém está preso.” Visitas 24 horas por dia. “Temos filhos que vêm ver a novela à noite, outros que vêm tomar o pequeno-almoço antes de trabalhar, temos muito orgulho de ter uma casa aberta”.

Piscina da Residência Domus Vida Estoril, na Parede, Cascais
(Foto: Victor Machado/Bluepeach)

Maria Odete, 78 anos, partiu uma perna, foi operada no Hospital do Barreiro, entrou na Residência Montepio do Montijo para recuperar. “Gosto muito de estar aqui, como se estivesse em minha casa.” A filha enfermeira pressentiu que assim seria. “Sou muito bem tratada, o pessoal da enfermaria ajuda-me no que é necessário”, diz Odete que trabalhou numa agência de viagens e na Caixa Geral de Depósitos como administrativa, reformou-se ainda não tinha 60 anos. Lê bastante, faz sopa de letras, palavras cruzadas, jogos, atividades. “Temos o tempo tudo preenchido.” Quando está bom tempo, um passeio pelo jardim. “Faço tudo o que posso fazer.” Colagens para painéis, por exemplo. “Quando andava na escola, gostava muito de fazer trabalhos manuais”, recorda.

Maria Odete preenche o dia com atividades manuais na Residência Montepio do Montijo
(Foto: Carlos Pimentel/Global Imagens)

Cátia Barata, diretora técnica da Residência Montepio Montijo, explica a filosofia do grupo: residências perto dos centros urbanos para facultar as visitas, receber todo e qualquer grau de dependência, atividades variadas para não haver monotonia, estimulação cognitiva num edifício em forma de pentágono, 120 camas nos cuidados continuados, 57 no privado, dos 62 aos 92 anos, médica sete dias por semana, enfermagem 24 horas por dia, 160 funcionários.

Residência Montepio do Montijo
(Foto: Carlos Pimentel/Global Imagens)

Cada entrada é um momento. Entrevistas prévias, conhecer a residência com a família, a equipa conhece a história de vida e clínica. “É feito um plano individual de intervenção, percebemos quais os gostos de cada utente e as atividades mais adequadas. Apostamos muito nas atividades lúdicas para não haver um isolamento social”, detalha. Ateliês de culinária, de expressão plástica, ioga, terapia assistida por cães, classe de movimento, musicoterapia, uma horta biológica com ervilhas-de-cheiro, tomates cherry, alface, morangos, um jardim, cabeleireiro, lanches temáticos uma a duas vezes por mês, refeições adaptadas a gosto, pequena biblioteca, clínica de saúde aberta ao exterior. “Tentamos que as equipas sejam sempre as mesmas, que não haja rotação, que se sintam o mais acolhidos possível”, pormenoriza Cátia Barata.

Residência Montepio do Montijo
(Foto: Carlos Pimentel/Global Imagens)

São residências privadas com ar de hotel e preços a condizer. Na Resisénior de Braga, a mensalidade começa nos 1800 euros, na Domus Vida da Parede nos 2200, na Montepio do Montijo nos 1850, na Pinheiro Manso a partir de 1255 para sócios do Sindicato dos Bancários do Norte, proprietária da residência, desde 1650 para os restantes. Classe e qualidade na última etapa da vida.