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Lápis: da Antiguidade com stylus

Fotos: Pexels

Para muitos, o uso da grafite na escrita representa mesmo o nascimento do lápis como o conhecemos

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A história do lápis começou a escrever-se há uns dois mil anos, ainda no Império Romano. E Napoleão também a assina.

Um pedaço de metal fino, feito a partir do chumbo e usado para escrever nos velhinhos papiros. Eis a primeira versão conhecida do lápis – ou stylus, como na altura foi batizado – arrancada aos tempos do Antigo Império Romano.

O passo seguinte da viagem leva-nos até ao condado de Cumbria, em Inglaterra, já em pleno século XVI. Foi nessa altura que por lá foram descobertos grandes depósitos de grafite. Inicialmente, ninguém percebia bem as reais propriedades daquele material, mas assim que se constatou que este proporcionava uma marca negra, brilhante e fácil de ser apagada, passou a ser utilizado para fazer a marcação de ovelhas.

Para muitos, o uso da grafite na escrita representa mesmo o nascimento do lápis como o conhecemos. E se dúvidas houver quanto ao sucesso deste material, recorde-se pois que a Inglaterra prontamente restringiu a sua exploração, exercendo um monopólio durante muitos anos.

Já a produção em larga escala arrancou na Alemanha, em 1761, com a fundação da fábrica de Kaspar Faber em Stein (cidade próxima de Nuremberga). Falta, pois, sublinhar o papel de Napoleão Bonaparte nesta história. Para isso, há que recuar até aos conflitos entre França e Inglaterra que marcaram o século XVIII.

Ora, a segunda, já se disse aqui, começou a apostar nos lápis de grafite e o imperador francês não quis ficar atrás, pedindo então aos seus cientistas que engendrassem uma criação semelhante. Foi assim que, em 1795, o oficial francês Nicolas Jacques Conté desenvolveu a técnica de misturar a grafite pulverizado com argila, submetendo a mistura a altas temperaturas. Et voilà: nascia assim o lápis de grafite duro (na foto). lm