Homicida condenado à morte pede adiamento da execução para doar um rim

Ramiro Gonzales saberá nesta segunda-feira, 11 de julho, se a pena de morte será suspensa

Um homem, de 39 anos, preso no Texas, Estados Unidos da América, e com condenação à morte prevista para a próxima semana, solicitou que a execução fosse adiada para que pudesse doar um rim.

Num país onde a pena de morte é legal em alguns estados, Ramiro Gonzales tem previsto receber uma injeção letal a 13 de julho por matar a tiro Bridget Townsend, de 18 anos, em 2001. No entanto, os advogados de Gonzales apresentaram pedidos formais para conseguirem a suspensão da pena, de forma a que o preso possa ser considerado um doador vivo e, assim, ajudar alguém que precise urgentemente de um transplante de rim.

Por o homicida ter um tipo sanguíneo raro, a defesa de Gonzales alegou que este foi considerado um “excelente candidato” para doação, após uma avaliação por parte da equipa de transplante da Universidade do Texas. Embora as políticas do Departamento de Justiça Criminal do Texas permitam que presos façam doações de órgãos e tecidos, o departamento declarou que Gonzales foi considerado inelegível para ser doador depois de fazer um primeiro pedido no início do ano.

Ramiro Gonzales saberá nesta segunda-feira, 11 de julho, se a pena de morte será suspensa ou se a injeção letal sempre irá acontecer dois dias depois. Nos Estados Unidos, cerca de 13 pessoas morrem todos os dias à espera de um rim, segundo a National Kidney Foundation.