Startup aposta em soluções flexíveis e rápidas com diversos artigos e parceiros, de restaurantes a floristas. GoBuddy quer incentivar o comércio local e evitar o desperdício. Tudo a partir do Porto.
Há pouco mais de dois anos, Filipa Costa estava em Londres. Estudou Finanças e Banca de Investimento, terminou o mestrado em Gestão Internacional, veio a pandemia, olhou à volta, voltou para Portugal. O contexto era especial, de confinamento, as compras online estavam ao rubro em todo o lado. “O mercado de entregas a explodir, queixas de que o negócio não era sustentável, estafetas a receberem pouco. Revelou-se o lado abusivo dessas plataformas”, lembra. Reparou em várias questões e num pormenor: “Na ausência de empresas portuguesas a concorrerem com os big players.” A GoBuddy, app e startup 100% portuguesa, não tardou a nascer.
Quatro pessoas começam a pesquisar, a fazer contactos, a criar funcionalidades para que os produtos chegassem à porta dos clientes. A GoBuddy é uma aplicação que pretende ajudar o comércio local. “Queremos criar soluções mais flexíveis, convenientes e rápidas para os clientes e para os parceiros”, explica Filipa Costa. E sempre a colocar-se no lugar dos outros: dos clientes que não querem esperar; das empresas que querem vender e que os seus negócios cresçam; dos funcionários que querem melhores condições de trabalho.
“O nosso diferencial não é só pelos valores da nossa empresa, mas também pelas funcionalidades que temos”, refere. O We Care é um desses exemplos, criado para combater o desperdício. “Nas últimas horas do dia, os nossos parceiros podem colocar os produtos excedentes com desconto”, incentivando a compra do que poderia acabar no lixo, adianta Filipa Costa. É a sustentabilidade e o respeito pelo ambiente a funcionar. Outra possibilidade é as lojas fazerem as suas próprias entregas através dos correios.
A app entrará em funcionamento em setembro com pelo menos 100 parceiros: restaurantes, mercearias, farmácias, floristas, supermercados, livrarias, lojas de artigos para animais. O que quer que seja, porque a carteira de parceiros nunca estará fechada.
A sede fica no Porto, uma cidade estratégica para testar a app e ver a reação do mercado, segundo Filipa Costa. Mas o alcance quer-se em todo o país. A startup tem um site aberto para que os registos sejam feitos, os estafetas também podem manifestar o seu interesse. E o batismo, GoBuddy, transporta várias mensagens. “Queríamos que o nome simbolizasse algo como parceiro, amigo e confiança.”
Filipa Costa acredita que a GoBuddy vai transformar os serviços e as relações de entregas à porta com fiabilidade, transparência e tecnologia. “Sei que as coisas vão correr muito bem, temos uma oportunidade excelente. Precisamos de mais marcas como esta.”
