Escalar a vida sem amputar sonhos

O fotógrafo David Tiago acompanhou os dias, os treinos e a preparação de Tânia Chaves e de Eduardo Marques Dias, dois atletas amputados, ao longo de três anos, com uma pandemia pelo caminho. O projeto “Invictus” retrata “histórias de superação”.

Tânia Chaves, 26 anos, começou a praticar escalada em outubro de 2017, depois de um tumor no osso (osteossarcoma) que a quimioterapia não conseguiu travar e que a obrigou a amputar a perna esquerda ainda adolescente. Desde então, encontrou morada nos pódios. Campeã nacional de escalada adaptada por três vezes consecutivas e a primeira portuguesa a participar no campeonato do Mundo da modalidade. Ainda possui outro feito no currículo: o melhor resultado (2.º lugar) de uma atleta lusa em provas internacionais.

Desde o final de 2018 que os treinos de Tânia Chaves, no Clube de Escalada de Braga, são retratados pelo fotógrafo David Tiago, que também registou os longos dias de pandemia, em casa, quando a atleta ficou impedida de treinar.

Eduardo Marques Dias, dez anos, nasceu com uma deficiência física, tudo aponta para Síndrome de Poland, que afeta a região torácica e lhe provocou uma deformidade na mão. Fisioterapia, natação, conseguiu desenvolver massa muscular no peito. Desde outubro de 2019 que faz escalada adaptada, já se fez campeão nacional e é apontado como jovem promessa. Foi nos finais de 2018 que o fotógrafo David Tiago começou a acompanhar-lhes os dias, os treinos, a preparação. Ao longo de três anos, com uma pandemia pelo caminho. O lugar é o Clube de Escalada de Braga, o projeto é o “Invictus”, que retrata “histórias de superação”.

Aos dez anos, Eduardo Dias é apontado como jovem promessa na escalada adaptada. As imagens eternizam os treinos e a preparação do jovem até dezembro do ano passado, quando se sagrou campeão nacional da modalidade.