Projeto de ex-alunos da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal poderá executar tarefas simples e repetitivas, libertando pessoas para funções diferenciadas.
Um robô que ajude a suprir a falta de mão de obra em setores como a restauração, hotelaria ou museus. A ideia, que começou como Prova de Aptidão Profissional de Luís Oliveira, que no ano letivo passado concluiu o curso profissional de Mecatrónica, na Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal (ETAP), depressa se estendeu aos colegas Nuno Fernandes e Tiago Ribeiro e deu origem ao “Employee Robot”.
“Há muita falta de trabalhadores em hotéis, restaurantes, museus e outros locais. Com o robô queremos ajudar a resolver o problema”, explica Nuno. “O equipamento poderia fazer tarefas em vários serviços, como receber pedidos em cafés e restaurantes, fazer o check-in e check-out em hotéis ou apresentar museus a visitantes. A imaginação é grande e dá para desenvolver muito mais”, acrescenta.
“A ideia é deixar as tarefas diferenciadas para os humanos e as mais simples e repetitivas ficariam para os robôs”, reforça Luís, acrescentando que “no ano passado houve falta de 45 mil trabalhadores nos setores de hotelaria e restauração”.
O design do robô ainda não está finalizado e a intenção é que possa ser adaptado ao gosto e necessidades específicas dos clientes. Mas já existe um protótipo, que tem cerca de um metro de altura e um ecrã através do qual as pessoas podem interagir. Se for “trabalhar” num estabelecimento de restauração, por exemplo, será nesse ecrã que o cliente poderá ver a ementa e fazer o pedido. Poderão ser depois incorporadas prateleiras para que transporte os alimentos às mesas dos clientes.
O projeto tem merecido reconhecimento em diversos concursos de empreendedorismo, tendo conquistado este ano, entre outros, o 1.º lugar do STARTUP Pombal e o 3.º do Generator em Coimbra.
Entretanto, Luís e Nuno seguiram para o Ensino Superior e Tiago ingressou no mercado de trabalho. Mas o projeto não foi posto de lado. “Queremos agarrar esta ideia e ir mais além. Sabemos que tem potencial”, diz Nuno, assegurando que não pretendem “roubar empregos”, apenas preencher lacunas. Aliás, até serão criados postos de trabalho qualificados, já que será necessário construir os robôs, programá-los e desenvolver novas funcionalidades.
Os jovens esperam que as competências que estão a adquirir ajudem a fazer evoluir ainda mais o robô, para que, dentro de alguns anos, chegue ao mercado.