E-reader: uma biblioteca assim tão perto

Os e-readers mais recentes permitem sincronizar com outros dispositivos, escrever digitalmente no ecrã ou ouvir audiolivros

Qualidade de ecrã, duração da bateria e preço das obras são vantagens dos aparelhos que se apresentam como alternativa ao livro em papel.

Não são tablet. Também não são livros antigos, com páginas amareladas. Neles cabe toda a biblioteca, sem marcas do tempo. Trata-se dos e-readers, dispositivos de leitura. Para Andreia de Almeida, CEO da Geek’alm, a conveniência e a praticidade são características inegáveis. É o mesmo que um tablet? “São equipamentos completamente distintos.” Em relação ao tablet, o e-reader cansa menos os olhos, dadas as especificações do ecrã, tem uma bateria mais durável e o valor de compra também “pode ser bem inferior”, enumera. E “não é preciso estar sempre a comprar novos modelos, porque os antigos mantêm as principais funções”.

No momento de comprar um e-reader, deve ter-se em conta, segundo a especialista em tecnologia, onde se irão comprar os livros digitais. “Por exemplo, o Kindle é para comprar livros na Amazon e a Kobo tem loja própria e vende também na Fnac.” Deve ainda considerar-se a língua principal. “A Kobo poderá ser uma melhor opção para quem lê livros em português”, recomenda.

Mas nem só do conteúdo se faz a escolha. É necessário optar pelo tamanho mais conveniente do dispositivo, queremos algo mais portátil, ou algo maior, quase do tamanho de um livro tradicional? “Depois é escolher se queremos com ou sem caneta, capa com bateria e o budget que queremos gastar”, detalha a responsável pela Geek’alm, página tecnológica presente nas redes sociais.

Os e-readers mais recentes permitem sincronizar com outros dispositivos, escrever digitalmente no ecrã ou ouvir audiolivros. “A base do conceito já está conseguida”, considera, “por isso pensamos que o futuro passa por ter ecrãs ‘e-ink’ a cores”.

Uma das vantagens, diz Andreia de Almeida, seria a substituição por completo do manual escolar. “Ou para geeks como nós poderem ter coleções inteiras de banda desenhada.”