Durante os confinamentos, muitos procuraram refúgio na aprendizagem de uma nova arte. Agora, apesar do regresso à rotina, o interesse mantém-se.
O tempo dos trabalhos manuais não foi um exclusivo dos confinamentos. Agulhas, linhas e máquinas de costura deixaram de estar arrumadas no sótão, até porque aprender uma nova habilidade nunca vem tarde.
Ao contrário do que se possa pensar, a pandemia foi um bom pretexto para as escolas de costura se adaptarem ao digital, explica Gabriela Ferreira. A responsável e formadora da Escola de Costura do Porto afirma, porém, que as aulas presenciais são, agora, as preferidas. “Continuo a ter cursos online, mas os formandos preferem vir presencialmente e conviver.”
Quanto a idades e género, Sofia Craveiro, da Companhia das Agulhas, sublinha que tem havido mudanças. São cada vez mais os homens e os jovens que procuram aprender a costurar. Nesta escola, sediada em Lisboa e no Seixal, há quatro níveis de aprendizagem. Para iniciantes, a primeira tarefa é fazer uma almofada de alfinetes. E na última sessão levam para casa uns calções.
No Atelier Paraíso, uma escola de costura certificada pelo Ministério da Educação, o curso pode ser profissionalizante. Mais a Norte, em Guimarães, a Dona Costura, de Luísa Cunha, funciona de forma livre. É livre o dia, a hora e o tempo de curso. Há quem fique a aprender por dois meses ou por seis anos, salienta a responsável. O objetivo também é livre – cada aluno decide o que quer costurar. Sempre com a ajuda de formadores experientes.
Companhia das Agulhas
Aulas em Lisboa e no Seixal. Quatro aulas de três horas por 140 euros (com material incluído)
Escola Costura Porto
Aulas no Porto ou online. 12 aulas (quatro por mês) de três horas por 85 euros mensais
Dona Costura
Aulas em Guimarães. Curso livre, a partir de 45 euros mensais
Gira Terra
Aulas em Setúbal. Curso de 10 horas para iniciantes por 100 euros mensais
Atelier Paraíso
Aulas em Lisboa e no Seixal. A partir de 110 euros por mês.
