Costa, Moedas e as declarações de impostos de Trump

1

Espero que esteja a ter um bom dia de Natal, rodeado da família e de boa comida. Pessoalmente, não gosto de bolo-rei, mas sempre é um bolo mais pacato do que o queque. Esse, diz Costa, guincha imenso e estraga o serão a toda a gente.

2

A entrevista de Costa à “Visão” marcou a semana informativa, até ao nível da foto da capa. Parece um quadro de um rei no Museu de Arte Antiga. Se calhar porque os reis, na verdade, também governavam em regime de maioria absoluta.

3

Também na berlinda esteve o não-telefonema de Moedas a Costa, que terá tido a garagem inundada e nem um postalinho. O próprio São Pedro não se deu ao trabalho de mandar um WhatsApp a Costa, o que é de uma enorme falta de respeito.

4

Costa depois desculpou-se pela boca, alegando que “estava cheio de sono”. Percebo, também me aconteceu muito quando tive um bebé. A diferença neste caso é que o primeiro-ministro não teve um bebé, simplesmente às vezes é um.

5

Seis em cada dez portugueses estão a viver pior do que em 2021, com menos dinheiro a sobrar depois de pagarem as contas. Vejam o lado positivo: em 2022 viveram melhor do que aquilo que vão viver em 2023.

6

O segundo período escolar deverá arrancar com novas greves dos professores. Não se percebe, uma profissão com condições tão boas. Pensem: tinham ainda pior patrão se o Elon Musk comprasse o Ministério da Educação.

7

As declarações de impostos de Donald Trump entre 2015 e 2020 vão ser tornadas públicas, numa decisão rara da Câmara dos Representantes. Penso que posso avançar, com boa dose de certeza, que são só uma folha a dizer “pagar impostos? LOL!”.

8

Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que visitará a Ucrânia “certamente no próximo ano”, indicando que os pormenores ainda vão ser ajustados. Histórico: pela primeira vez, Marcelo chegará ao local de uma catástrofe depois das autoridades competentes.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 25 de dezembro – número 1596 – da “Notícias Magazine”]