Balayage, degradê, fade e carré. Saiba no que apostar

No setor feminino, a tendência no que toca ao cabelo não mudou muito

Pontas espigadas e ressequidas. O fim das férias obriga a que tenhamos cuidados extra com os nossos cabelos. E se o vamos pôr nas mãos de alguém, então porque não renovar o visual para acompanhar as tendências da próxima estação?

O início de setembro e o regresso à rotina fazem-se acompanhar de novas tendências no mundo da moda. Apostar num novo corte de cabelo parece ser o ideal, sobretudo após o verão, quando se torna essencial ir ao cabeleireiro resgatar o que o sol, o mar e a piscina danificaram. Quer sejam miúdos ou graúdos, homens ou mulheres, é natural que todos queiram estar a par dos penteados e cortes que farão sucesso na próxima estação.

No setor feminino, a tendência não mudou muito. As balayages, técnica utilizada para se criar “um degradê de cor” entre a raiz e as pontas do cabelo”, continuam em alta, assegura Nuno Pereira, cabeleireiro em Braga. Muito amadas nestes últimos dois anos, as balayages passam agora a trabalhar com “tons mais naturais” nesta próxima estação. Os loiros, apesar de continuarem na berra, dão lugar a várias nuances de castanho como “chocolate, café ou mel”, detalha Nuno Pereira.

Joaquim Guerra, cabeleireiro no Porto, também enfatiza a luminosidade como uma das principais “queridinhas” da próxima estação. Abandonam-se as madeixas e opta-se pela utilização de duas ou três tonalidades para se obter o efeito desejado. Apesar de bonitos, estes procedimentos exigem “muito cuidado no tratamento” dos cabelos. O hairstylist reforça a importância de um “tratamento com muita queratina” para o cabelo permanecer saudável e “ficar sempre com bom aspeto”.

Já para o cabeleireiro de Braga, os cuidados passam por uma “boa manutenção” e pela utilização de produtos capilares adequados às necessidades do cabelo.

A nível de corte, as opções recaem nos cabelos longos ou médio-curtos, mas “escadeados para dar um efeito de movimento”, realça Nuno. Para Joaquim Guerra, o destaque é o “carré”, que compreende um corte “reto atrás”, e a “franja assimétrica”, em que o cabelo descai “para os lados”.

O ondulado também continua em alta. Em cerimónias, Nuno destaca as ondas mais vincadas, estilo “hollywood” como as prediletas, enquanto no dia a dia tenta-se cada vez mais criar o “efeito de onda com as pontas lisas”.

Se para as mulheres o cabelo é um aspeto fundamental, para os homens a história não é diferente. Joaquim Guerra adianta que já não se usa “o cabelo muito raspado”. Dá-se prioridade aos cabelos mais compridos na parte superior, e mais curtos de lado, recorrendo ao chamado “fade”, corte feito com diferentes pentes de forma a criar um degradê. Porém, se antes o “fade” era feito tanto na zona lateral como na zona da nuca, agora a aposta é por um corte mais focado nas laterais, mas que dê “um efeito de V” na nuca, defende o hairstylist bracarense. Para os cabelos mais longos, Nuno refere que os penteados são sempre “mais naturais”, optando por utilizar a cera. Joaquim, por sua vez, destaca as tranças como a grande aposta tanto para o público feminino como masculino.

As tendências são muitas, mas não se esqueça que a mudança deve ter em conta não só os seus gostos e preferências, mas também o tom de pele, tipo de cabelo e personalidade. Afinal de contas, tal como lembra Joaquim Guerra, “a moda é aquilo que nos fica bem”.