Angurä é uma marca de roupa sustentável com mensagens de respeito social e ambiental. Filipe Ala e Carlos Chaves, transmontanos que vivem no Porto, querem vestir o mundo com um propósito. Cada coleção tem um tema.
A pandemia deu-lhes tempo para aprimorarem um projeto ligado à sustentabilidade. Em outubro de 2021, Filipe Ala e Carlos Chaves lançaram a Angurä, marca de roupa feita de algodão orgânico. Havia criatividade, havia vontade, havia ambição, havia conhecimento profissional, do marketing digital e do comércio online. “Fazia-nos falta algo com um cunho pessoal na azáfama do dia a dia e criámos uma marca com um conjunto reduzido de peças”, recorda Filipe Ala.
São bonés, t-shirts e sweats com bordados à altura do peito, desenhos simples, design minimalista. “Identidade visual atrativa, mas não exagerada”, descreve Filipe Ala. “Quisemos criar uma marca que fosse uma referência no mundo da moda sustentável, que os produtos tenham qualidade e sigam as tendências.” Em tons lilás, mostarda, azul, vermelho, creme, preto. “Uma marca sustentável não precisa de ser chata e aborrecida, demos-lhe um toque de irreverência.”
Cada coleção tem uma causa associada. Cinco coleções, cinco causas. Combate à fome, saúde mental, apoio à comunidade LGBT, suporte de crianças e jovens com cancro, proteção de animais em vias de extinção. A ideia é vestir com um propósito. E 10% de cada compra reverte a favor de uma associação ligada a uma das causas, como a Acreditar, a ILGA, a Apoiar, The Pineapple Mind.
Há um sentido de pertença, respeito social e ambiental. “Quisemos dar um contexto para enriquecer o conceito e podermos fazer algo mais por certas causas.” Assim é. Cada causa influencia o design de cada bordado: dos batimentos cardíacos arco-íris, ao urso polar, à preguiça, ao rinoceronte, ao morango. É roupa que quer marcar a diferença. As peças não têm género, os tamanhos vão do XS ao XL, os preços dos 22 aos 44,90 euros. As vendas, por enquanto, são feitas no site da marca, há perspetiva de alargar para outros lugares.
O batismo nasce de uma sucessão de circunstâncias. O algodão orgânico é um material suave ao toque, Filipe e Carlos gostam dos gatos da raça Angorá que têm pelo fofo, espírito aventureiro e personalidade independente, traços que querem ligados à marca. O nome inspira-se nessa raça, os dois pontinhos em cima da última letra simbolizam os dois fundadores. Neste momento, a dupla transmontana, que vive no Porto há cinco anos e meio, trabalha numa nova peça associada à causa LGBT, uma nova t-shirt para juntar à coleção em junho. “Queremos dar um passo de cada vez”, confessa Filipe. Para assistirem ao crescimento sustentado da Angurä.
