Maiores, mais pequenas. Com formato semanal ou diário. Sim, as agendas analógicas ainda têm muitos adeptos. Mas há que saber escolhê-las e usá-las a nosso favor.
Ano novo, agenda nova. O ditado não existe, mas podia. Na hora de começar a organizar planos, horários, rotinas do ano que se aproxima, as agendas entram no radar. E ainda bem. “Costumo dizer que é o nosso GPS. Na prática, diz-nos para onde temos que ir e o que temos que fazer. Mas as agendas, por si só, não fazem o trabalho por nós”, sublinha Ana Espírito Santo, assistente executiva que gere agendas de mulheres no mundo corporativo e autora do site Anna Details dedicado à organização pessoal. Há que anotar tudo. Aqui, estabelecer a rotina de abrir sempre a agenda de manhã e ao final do dia é uma prática importante para não deitar por terra o objetivo da organização. “Só o facto de termos a informação toda concentrada num local dá-nos uma sensação de descanso sobre coisas que sabemos que vamos acabar por esquecer. Assim, tudo o que temos que fazer está ali.”
Há para todas as carteiras e gostos. Coloridas, ilustradas, sóbrias. Mas como escolher a ideal? Primeiro, temos que pensar na nossa realidade. “As agendas semanais permitem-nos ter uma visão mais ampla, abrimos e temos logo ali os sete dias”, sugere Ana. Porém, para quem tem que anotar muitos compromissos horários, faz sentido uma agenda com organização diária.
O tamanho, neste tema, importa. “Se for só para nós, para compromissos pessoais e profissionais, podemos pensar numa agenda pequena e que possa ser carregada para todo o lado. No caso de famílias com filhos, em que se anotam os horários das crianças, as tarefas familiares, pode fazer sentido uma maior, que esteja num local da casa acessível a todos.”
Ser bonita também ajuda. E mais do que isso, ser funcional. “Pode ser linda de morrer e não ter os setores que preciso para me organizar. A agenda tem que se adaptar à nossa realidade e não sermos nós a adaptarmo-nos ao formato da agenda.” Por exemplo, ter um espaço para listas de tarefas ou para planeamento das refeições pode ser fator decisivo.
Certo é que as agendas analógicas ainda fazem parte da nossa vida. “E escrever à mão tem benefícios a nível da memorização e concentração.” Apesar disso, as digitais são uma boa escolha para quem “anda sempre com o telemóvel”. Todas as opções são válidas. O importante é pormos a agenda a trabalhar para a nossa organização.