Tino de Rans, André Ventura, o frio e a saudade

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Vou ser sincera: não sei se esta não vai ser a minha última crónica. É que parece que continua aberta a vaga para procurador europeu e se calhar vou tentar a minha sorte. Já mandei para a ministra da Justiça um currículo que escrevi com lápis de cera, no qual dou a tanga de que já fui A Melhor Juíza Da Galáxia De Sempre. Espero que pegue.

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Toda esta polémica tem levado a que muita gente peça a demissão da ministra Francisca Van Dunem. Mas se Eduardo Cabrita ainda por lá anda, é como se Van Dunem tivesse um daqueles cartões do jogo do Monopólio que permite safar-se de tudo. É tipo um botão de pânico, percebem?

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No já habitual concurso promovido pela Porto Editora, “saudade” foi eleita a Palavra do Ano 2020. Caramba, somos um país tão saudosista do passado que temo que daqui a uma década digamos “lembras-te de 2020? Eh pá, aquilo é que eram bons tempos”.

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Lembram-se de quando íamos a Londres buscar modas que cá só chegavam muito mais tarde? Bom, suspeito que isso vai acontecer de novo: o Reino Unido está outra vez em lockdown total, como o que vivemos na primavera, por causa da nova estirpe da covid-19. Comecem já a comprar papel higiénico e fermento de padeiro, o “Sozinho Em Casa 2” afinal sempre vai passar cá.

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Uma vaga de frio tem estado a assolar o país, com temperaturas negativas, neve e gelo. Fenómeno atmosférico? Não, é só 2021 a tentar dar a vibe de “Guerra do Tronos” que pelos vistos vai continuar a ter. Cuidado com os dragões voadores, são estranhamente parecidos com morcegos XXL e já sabemos como é que isto começou.

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Está a circular uma petição para exigir uma nova dobragem do filme da Disney “Soul”, respeitando as vozes negras do original. O filme, de facto, tem o cuidado de representar alguns aspetos da cultura negra e faz sentido que isso seja mantido. Mas eu admito que só quero que refaçam o filme para ver a cabeça de 99% dos cronistas do “Observador” a explodir e a espalhar fel nas paredes à roda.

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Continuam os debates para as presidenciais, ao rácio de 77 debates por dia. Eu acho que nem há moderadores que cheguem para tanto debate. O que pode nem ser um problema, já que há alguns moderadores que estarem lá eles ou um poste de eletricidade é exatamente a mesma coisa.

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No debate entre Tino de Rans e André Ventura, Tino levou algumas pedras de diferentes cores que encontrou na praia e colocou-as em cima da mesa. É a melhor técnica alguma vez vista para debater com um calhau.