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Suop: a aplicação que permite troca por troca 

Fotos: Leonardo Negrão/Global Imagens

João Couto e João Ferreira criaram uma ferramenta que reutiliza objetos e poupa o Planeta

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Aplicação 100% portuguesa dá nova vida a objetos sem intermediários e sem transações comerciais. Poupa-se dinheiro, poupa-se o Planeta.

A ideia apareceu no primeiro confinamento, as pesquisas indicavam que havia gente a propor troca de objetos na Internet. Havia procura e não havia oferta. João Ferreira e João Couto, ambos gestores, perceberam as vontades e criaram a Suop, uma aplicação gratuita que permite a troca de objetos e que entrou em funcionamento no início do ano. Três meses de vida e mais de cinco mil utilizadores. Uma ferramenta única, uma abordagem inovadora por cá.

“É uma aplicação que envolve a troca de objetos, troca direta, sem transação comercial”, adianta João Ferreira. “Troca simples, de um objeto por outro. Uma aplicação intuitiva e o mais fácil de usar possível”, acrescenta João Couto. A Suop, inspirada na sonoridade inglesa, está disponível para Android e IOS.

O processo é simples. Download e registo do utilizador, inserir fotografias de objetos com pequeno texto descritivo, ver produtos disponíveis, deslizar o dedo para a direita ou clicar no ícone com um coração significa que há interesse, para a esquerda, o produto é descartado. Quando outro utilizador gosta do objeto inserido, há um match, abre-se uma caixa de diálogo para que as partes combinem os procedimentos da troca. Objeto por objeto sem dinheiro pelo meio e os contactos só acontecem quando há interesse. A Suop tem uma versão premium (15 euros por ano) com filtros mais apurados.

Há categorias, subcategorias de produtos, filtros, indicação da distância do objeto. Tecnologia, roupa, livros, mobílias, acessórios – de tudo um pouco porque não há limites para o que se coloca na Suop, nem de tamanho ou feitio. O que uns já não querem, pode ser o que outros andam à procura. Objetos sem uso na casa de uns, ganham utilidade na vida de outros. É a economia circular a funcionar. Nada se desperdiça, tudo se recupera.

A costela ambiental da inovadora Suop é evidente. “Apelamos à consciência social e cívica da sustentabilidade e do desperdício”, refere João Ferreira. Promove-se a reciclagem e a reutilização, a economia circular roda sem parar, os utilizadores poupam dinheiro e o Planeta agradece.

João Couto está satisfeito: “Era mesmo isto que queríamos, atingimos o objetivo inicial, temos tido um bom feedback”. A vontade de entrar em mercados internacionais existe e está a ser analisada com calma, devido às circunstâncias. “A ideia será expandir, este tipo de aplicação não tem fronteiras”, garante João Ferreira. Esse é o próximo passo e o Brasil é uma forte possibilidade.