O skate foi inventado por surfistas da Califórnia entediados com a falta de ondas. Modalidade, que chegou a ser mal vista, voa cada vez mais alto.
Na década de 1960, surfistas da Califórnia, Estados Unidos, aborrecidos com o mar demasiado calmo e sem ondas, decidiram colocar umas rodinhas debaixo de umas tábuas e lançar-se rua fora. Estava aberto o caminho para o surf no asfalto.
Os primeiros skates começaram a ser vendidos por volta de 1965, mas eram muito rudimentares em comparação com os de hoje: apenas uma prancha reta com quatro rodinhas, sem traseira ou dianteira e difíceis de manobrar. Nos anos 70, vários fatores deram impulso a este desporto que chegou a ser marginalizado em vários países por associação dos praticantes ao consumo de canábis. Mas resistiu, cresceu e, este ano, estreia-se nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, nas modalidades de skate street e skate park.
Voltando à década de 70 e ao fabrico deste equipamento, as rodas de poliuretano, desenvolvidas pelo norte-americano Frank Nasworthly, tornaram o skate muito mais rápido e divertido. Na mesma época, a falta de água nos EUA levou a que muitos americanos esvaziassem as suas piscinas e os skaters aproveitaram as rampas arredondadas, para descer, subir, virar no ar e outros tantos movimentos.
Num ápice, nasceram grandes ícones deste desporto, que deram nome a manobras, que ainda hoje são repetidas vezes sem conta por praticantes de todo o Mundo. Atletas como Alan Gelfand, o criador do “ollie”, a primeira manobra aérea do skate, Rodney Mullen, que inventou muitos dos movimentos da modalidade, e Tony Hawk, por muitos considerado o melhor skatista de todos os tempos, inspiram milhões de jovens, homens e mulheres, que ao longo dos anos contribuíram para elevar o skate a modalidade olímpica.