
Mais do que a idade, a roupa deve refletir a personalidade de quem a veste, até porque as propostas tendem a abraçar diferentes gerações.
Conforto e atualidade devem ser apostas na composição de um guarda-roupa versátil em qualquer faixa etária. O vestuário não tem idade e as marcas para adultos focam estilos e não gerações, se bem que a sociedade passe “uma mensagem enganosa de que temos de nos disfarçar, seja através do universo da cosmética, seja através da moda e do retalho têxtil”, defende o stylist Pedro Crispim. “O importante é que as pessoas se sintam tranquilas em relação à fase da sua vida”, sublinha, acrescentando que optar por um estilo confortável não significa um visual desleixado.
Nesse sentido, “uma mulher madura é uma mulher mais consciente do seu estilo, mais em paz com a sua morfologia, que se conhece melhor e com mais consciência do Mundo e daquilo precisa”, opina Pedro Crispim. O também fashion adviser aponta “as cores sólidas, neutras e intemporais” como base do closet, às quais se podem juntar as tendências “através dos acessórios, como carteiras, sapatos, óculos de sol, joias ou bijuteria”.
Já os homens (e também os mais novos) “tendem a usar sempre o mesmo tipo de peças, como jeans, t-shirts, sweats e malhas”, reconhece o consultor de imagem Guilherme Castro Ramos. Os fatos ou os blazers são das peças que marcam mais a diferença entre gerações e continuam a ser usadas preferencialmente pelo público mais velho.
Atentas aos consumidores de todas as idades, há cada vez mais marcas que, para provarem que as propostas servem todos os homens, fotografam campanhas com modelos na faixa etária entre os 18-30 anos, lado a lado com profissionais de meia-idade, de barba e cabelo grisalho.
O gosto individual influencia as escolhas mas, como alerta Pedro Crispim, “a pessoa deve continuar a divertir-se com moda” e a cuidar da imagem “como continuação da sua personalidade que é cada vez mais vincada”, sem nunca esquecer que a comunicação não verbal tem um peso maior do que aquilo que se fala.





