Raul Minh’alma: “Sempre gostei de emocionar as pessoas”

Raul Minh’alma, que no final de 2020 lançou o romance “Durante a queda aprendi a voar”, foi fotografado na Livraria Bertrand, na rua da Fábrica, no Porto

O "Espelho Meu" do escritor.

Vejo bem

  1. Fraca memória. Pode parecer um defeito, mas para mim é uma grande virtude porque me esqueço também das memórias negativas. Voltar ao passado é, por isso, uma viagem rápida de se fazer porque há muito pouco para visitar.
  2. Cómico. Sempre gostei de emocionar as pessoas. Seja pelo riso, sorriso ou choro (de emoção, claro!). Se recordarmos as turmas que tivemos na escola, havia sempre um engraçadinho – esse era eu.
  3. Altruísta. Penso muito no outro. Nas pessoas que estão à minha volta. Gosto que estejam bem na minha companhia e se não pudermos estar todos bem, então que sejam eles, primeiramente, a estarem bem.
  4. Bom ouvinte. Gosto de ouvir as pessoas e expor-lhes cenários e fazer-lhes questões que, de certa forma, as ajudem a chegar às suas próprias conclusões.

Vejo mal

  1. Pouco sociável. Se não falarem para mim dificilmente eu falo para alguém. Por outro lado, se a pessoa me deixar à vontade eu tomo rapidamente as rédeas. À custa disso não tenho muitos amigos, mas chegam.
  2. Cismático. Penso demasiado em tudo. Até em pormenores a que, aparentemente, ninguém dá importância.
  3. Mente volátil. Muitas vezes dou por mim a viajar para um lugar distante enquanto falam para mim. É desagradável, eu sei, mas juro que me tenho esforçado para mudar isto.

Escritor
28 anos