Palhinhas, tubos ocos que se tornaram flexíveis e coloridos

As palhinhas têm séculos, surgiram pela mão de um inventor habituado a enrolar tabaco em papel. Hoje são feitas de diversas fibras.

A história não é recente. Recuem-se cinco mil anos, ao tempo dos antigos sumérios, às primeiras comunidades a fabricar cerveja, que enfiavam tubos finos em jarros para alcançar os líquidos que resultavam da fermentação. Esses tubos ocos e cilíndricos não eram bem palhinhas, tal como hoje são conhecidas, mas a forma estava lá. A essência também.

Séculos depois, em 1888, o norte-americano Marvin Stone, dono de uma fábrica de cigarros de papel, patenteou a palhinha de beber, instrumento moderno na altura. Nessa época, os canudos naturais de grama de centeio funcionavam como palhinhas. Mas com um grande problema, isto é, o sabor desagradável que passava para as bebidas e que incomodava as papilas gustativas. Stone meteu na cabeça que podia fazer algo melhor. Enrolou tiras de papel num lápis, colou-as, e estava feito o primeiro protótipo. A produção em massa não demorou muito e Stone aumentou a fortuna que aplicava em habitação para os seus trabalhadores,

Uns anos depois, nos anos 30 do século XX, o norte-americano Joseph Friedman, também inventor, colocou um parafuso dentro de uma palhinha, retirou-o, e deu-lhe a forma dobrável depois de ter observado a filha a beber um batido de leite com algumas dificuldades. Surgia a palhinha dobrável que começou a ser encomendada por hospitais para os doentes acamados. Algum tempo depois, as palhinhas encontravam o seu mercado natural no mundo americano dos refrigerantes e batidos de leite.

Depois, a normal evolução. Veio o plástico, material mais resistente e que não rasga, veio a criatividade nas cores e nas riscas, veio a produção em cadeia e, por isso, mais barata. E agora, nos tempos modernos, o debate em torno da sustentabilidade e dos materiais mais amigos do ambiente para fabricar a peça, esguia e prática, que anda na boca do Mundo.