Recuperada dos anos 1960, a estética “op art” (do inglês optical art) volta a estar na moda, conferindo movimento à roupa através da mistura de referências geométricas, que iludem a visão.
Por mais que se invente, a moda volta sempre à casa de partida, recuperando referências estéticas de outras épocas, como acontece agora com os padrões psicadélicos e tridimensionais que se destacam em muitos visuais.
Lançadas na década de 1960 por criadores como Emilio Pucci e Valentino ou marcas como a italiana Bottega Veneta, as estampas “op art” estão novamente em voga em looks completos ou como apontamentos que não deixam ninguém indiferente. Numa fusão de artes gráficas e ilusão de ótica, o vestuário apresenta-se ousado e vanguardista, não obstante a inspiração retro.
A criatividade é despertada, mas a consultora de imagem Raquel Guimarães aconselha “moderação, pois algumas ilusões óticas podem alterar proporções corporais verticais (relação equilibrada entre tronco e pernas) e proporções horizontais (equilíbrio entre a circunferência dos ombros e da anca) do corpo humano”. Habituada a lidar com formas, padrões e cores, nota ainda que, “ao acrescentar volume em zonas onde a pessoa não necessita, pode resultar num corpo disforme e/ou desproporcional”.
A miscelânea visual é suscetível de gerar confusão mental a quem observa, alerta a consultora de imagem, pelo que é relevante ter o cuidado de assegurar que, “em looks totais, o resultado final não altera a harmonia do corpo humano”. Ou seja, há que usar o grafismo do momento com conta, peso e medida, mais ainda quando se juntam cores. Quem não apreciar excessos, pode sempre apostar num lenço como pormenor, à cinta, no pescoço, no cabelo ou preso numa bolsa a tiracolo, ou apenas numa capa de telemóvel.