As pulseiras chegam em força no verão e as peças de autor conquistam cada vez mais mulheres. O luxo pode ir das centenas aos milhares de euros. Largas ou finas? A tendência é o gosto pessoal.
As mangas começam a encurtar e os pulsos à mostra pedem joias. O verão é o momento alto das pulseiras e as peças de autor conquistam cada vez mais clientes. Um luxo que pode ir de centenas a milhares de euros, para abraçar muitas carteiras. Nas coleções da próxima estação, há finas, largas, com elos, flores, diamantes, ouro, prata, pedras. Aqui, as tendências viajam ao sabor do vento dos gostos. Não há regras estanques, embora o verão grite cor. E, como diz Sofia Ferreira, “os dourados e os prateados são um clássico que não passa, mas também os corais e as turquesas, a cor é sempre muito pedida no verão”.
A designer de joias sabe do que fala. Nasceu numa família de ourives e, embora se tenha passeado pelo mundo do têxtil, rendeu-se à joalharia. A sua marca homónima segue sempre as tendências, defeito de estilista. “Este ano, inspirei-me numa viagem que fiz ao México. Comecei a fazer as peças desde que comecei a organizar a viagem até ir. O tema são as Caraíbas, o sol, a praia.” As hematites são o principal material e, no verão, diz que “a tendência é sempre o mais largas possível”. Além do pulso, também cria pulseiras de antebraço e de pé. Certo é que não falta procura para joalharia de autor. “Há muitíssima. Há 40 anos, havia meia dúzia de joalheiros de autor, hoje há centenas. É um mercado em crescimento empurrado pela procura.”
As grandes marcas também não passam ao lado das braceletes de verão. É o caso da Chopard , que aposta em flores, corações, ouro rosa e branco, diamantes. Ou da Tous, que enche a coleção de dourados e prateados.
Para dar resposta a consumidores cada vez mais exigentes, os criadores já levam a preocupação ambiental para os ateliês. Olga Kassian criou a Wonther no final de 2019. Transporta a veia feminista e sustentável para as peças. A origem das matérias-primas é certificada, não há exploração de trabalho infantil, a produção é de artesãos portugueses, as embalagens são em papel de florestas sustentáveis e os sacos de algodão orgânico. No verão, as pulseiras com elos da Wonther voltam em força, “será uma tendência”. Às douradas juntou as prateadas. “Está a tornar-se trendy misturar ouro e prata, que continuam a ser os materiais reis na joalharia.”
