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Observação em rãs impulsionou criação da pilha

A invenção pilha aconteceu através de uma experiência falhada (Foto: Pixabay)

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Alexandro Volta descobriu que os metais é que faziam contrair os músculos e produziam energia. Napoleão tornou-o conde.

Sempre presente no dia a dia, nos comandos, nas máquinas fotográficas ou nos brinquedos, a pilha é um dispositivo tão banal que poucos saberão como nasceu e muito menos que tudo começou com uma experiência falhada.

No século XVIII, o médico e investigador italiano Luigi Galvani descobriu, em experiências com rãs mortas, que as suas perninhas se contraíam ao serem tocadas com dois aros de metais diferentes. Ficou totalmente convencido de que tinha descoberto a eletricidade animal. Estava enganado, mas pode dizer-se que foi esta observação, que acabou por ser corrigida, a impulsionar a investigação do uso da química na geração da energia elétrica.

Observando o trabalho de Galvani, o físico italiano Alessandro Volta percebeu que as rãs não produziam eletricidade própria, mas que esta resultava dos metais usados para contrair os seus nervos e músculos. A partir daqui, decidiu investigar quais os melhores componentes para a produção de eletricidade e concluiu que eram o zinco e a prata. Por volta de 1800, Alessandro Volta criou um dispositivo com várias camadas destes dois metais, separadas por um disco de material poroso impregnado numa solução ácida. Assim nasce a pilha de Volta, ou pilha voltaica, o primeiro gerador estático de energia elétrica a ser criado.

A descoberta foi de tal forma importante para a evolução da eletroquímica que, em 1810, Napoleão Bonaparte fez do seu criador um conde. Nos dias de hoje, são poucas as aplicações da pilha de Volta, que sofreu várias evoluções porque se descarregava rapidamente, mas ainda se utiliza em certas baterias de automóveis.

A pilha de Volta foi o primeiro gerador estático de energia elétrica