O cartão que não agrada nem a adeptos nem a clubes

Pedro Proença, presidente da Liga

Os primeiros queixam-se de discriminação, os segundos consideram-no lesivo para os seus interesses e para o próprio futebol, e a contestação vai subindo de tom. Mesmo que, na teoria, o cartão do adepto venha cheio de boas intenções.

O que é e para que serve
É um documento que permite aceder a zonas com condições especiais em recintos onde se realizam espetáculos desportivos das competições profissionais. O objetivo anunciado é o de promover boas práticas de segurança e combater o racismo, a xenofobia e a intolerância.

20 euros
Custo do cartão do adepto. O pedido tem de ser feito via Internet, está reservado a maiores de 16 anos e possui três anos de validade.

“O cartão do adepto é uma imposição legal e que a Liga está a cumprir (…) Sabemos de antemão os inconvenientes que o cartão tem, mas vamos todos ter de nos habituar”
Pedro Proença
Presidente da Liga

As críticas

● A necessidade de dar os dados pessoais, que ficam registados na Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto.

● O facto de ser “obrigatório” sem o ser. Há estádios em que a única possibilidade de assistir aos jogos enquanto adepto visitante é nas zonas com condições especiais, nas quais só se entra com cartão do adepto.

● A possível separação das famílias nos estádios, visto que só os maiores de 16 anos podem adquirir o cartão.

● O suposto prejuízo para os próprios clubes.

1635
O número de pessoas que pediram o cartão do adepto até às 13 horas de quarta-feira.