Medicina antienvelhecimento: mito, ciência ou futuro?

Alice Castro Jesus tem 79 anos, mas só no registo. É um bom exemplo de alguém que, como costumamos dizer, "envelheceu bem" (Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

Nasceu nos Estados Unidos, há mais ou menos três décadas, e em Portugal não faltam clínicas que disponibilizem consultas e terapêuticas nesta área. A modulação hormonal é porventura a mais popular. Mas a prática - e, de resto, todo o conceito - está longe de ser consensual. A Ordem não a reconhece como especialidade e as sociedades médicas tecem duras críticas.

“Exército americano testa medicamento antienvelhecimento no próximo ano.” A novidade foi lançada no final de junho pela “Breaking Defense”, revista digital americana dedicada a assuntos relacionados com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Mesmo não tendo sido confirmada (ou desmentida) pelo Pentágono, a notícia serve de mote para umas quantas questões. Estamos hoje mais perto de descobrir uma espécie de elixir da juventude? Até que idade pode ser esticada a esperança média de vida? Já há formas fiáveis e seguras de nos mantermos mais jovens durante mais tempo? Quais as soluções apresentadas atualmente pela autointitulada medicina antienvelhecimento (que, diga-se, continua a não ser reconhecida como especialidade pela Ordem dos Médicos)?

Começando pelo princípio. O conceito nasceu nos Estados Unidos, nos anos 1990, pela mão de um grupo de médicos que tentaram perceber as razões pelas quais envelhecíamos e se dedicaram a tentar reverter o processo. Em 1993, foi mesmo fundada a American Academy of Anti-Aging Medicine (A4M), uma organização sem fins lucrativos que, além de promover a medicina antienvelhecimento, dá formação e certificação na área (em 2011, segundo dados da própria organização, já teriam certificado cerca de 26 mil médicos, de 120 países). No entanto, a A4M nunca foi reconhecida pelas organizações médicas estabelecidas. E a polémica tem andado sempre a rondar. Desde logo, por recorrer com frequência a tratamentos hormonais. Mas nem a controvérsia travou a expansão do movimento. Do negócio também. O Bank of America estima que o mercado da medicina antienvelhecimento (ou anti-aging ) nos EUA valha hoje 110 biliões de dólares. E que em 2025 chegue aos 610 biliões! Não espanta, por isso, que o conceito se tenha internacionalizado. A Portugal chegou na primeira década deste século.

Hoje, uma simples pesquisa na Internet permite-nos encontrar um largo número de clínicas que disponibilizam serviços nesta área. A ideia, pode ler-se nas várias páginas, é “viver mais e melhor”. Ou por outras palavras, “melhorar a qualidade de vida e retardar ao máximo o envelhecimento precoce do organismo”. Luís Romariz, que se debruça sobre esta área há mais de 15 anos, atualmente na clínica do médico Fernando Póvoas, explica os principais métodos usados no combate ao envelhecimento. É o caso da nutrição otimizada e do exercício físico hormonalmente validado. “Sabemos que a restrição calórica, o facto de comermos menos, ativa os genes da longevidade. Dentro do que comemos, há nuances. Devemos incidir mais na proteína e nas gorduras saudáveis e menos nos hidratos de carbono.” E o que é, exatamente, o exercício físico hormonalmente validado? É, por exemplo, o “exercício de alta performance num curto espaço de tempo”. “Poucas repetições com muita carga. Ou andar a pé rápido, com intervalos de corrida, por exemplo. Tudo com conta, peso e medida.”

“Estou nisto há mais de 15 anos e tenho visto resultados muitíssimo bons”, garante o médico Luís Romariz
(Foto: DR)

O médico aponta ainda um terceiro pilar, onde entra a questão da harmonização hormonal com hormonas bioidênticas e dos suplementos. “São hormonas exatamente iguais às nossas, que são colocadas em cremes e aplicados em pessoas com grandes desequilíbrios hormonais.” Apenas nesses casos, garante. Particularmente em situações de menopausa ou andropausa. “Estou nisto há mais de 15 anos e tenho visto resultados muitíssimo bons. Ao fim de seis meses, as pessoas sentem uma vitalidade fora do normal.” O médico, já reformado do Serviço Nacional de Saúde, aponta ainda os benefícios de substâncias como o resveratrol, um antioxidante presente no vinho tinto. “Ativa de forma indireta os genes da longevidade.” Mas reconhece que a medicina antienvelhecimento está longe de ser um mar de rosas. “A dada altura, começou a aparecer um pouco de tudo. A maior parte das pessoas nem sabe o que anda a fazer, só sabe que anda a fazer dinheiro. Claro que isso descredibiliza e muito.”

As polémicas hormonas

Cá, como nos Estados Unidos, o conceito, que também surge frequentemente associado à medicina estética, não é consensual. Volta e meia, há mesmo queixas apresentadas na Ordem dos Médicos. A “Notícias Magazine” tentou perceber o número de processos existentes por alegadas práticas abusivas nesta área, mas não foi possível obter esses dados. De resto, o bastonário, Miguel Guimarães, optou por não se alongar sobre o assunto. Referiu apenas que a Ordem “não apoia práticas e procedimentos que não tenham como base a evidência científica, pelo que não reconhece a nomenclatura apresentada de ‘medicina anti-aging’”, acrescentando que “tendo em consideração os avanços da medicina, a Ordem dos Médicos está a procurar desenvolver um documento que balize as intervenções que possam incluir-se no domínio da medicina estética, denominação que carece de atualização e regulamentação”.

“A ordem […] não reconhece a nomenclatura apresentada de “medicina anti-aging””, assegura o bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães
(Foto: Orlando Almeida/Global Imagens)
Ângelo Rebelo, um dos principais nomes da cirurgia estética em Portugal, não tem dúvidas de que será uma questão de tempo até que tanto a medicina estética como a medicina antienvelhecimento sejam reconhecidas no nosso país. Até porque, para o “médico dos famosos”, como frequentemente é apelidado, as duas surgem frequentemente interligadas. “É importante que haja um tratamento e uma abordagem multidisciplinares”, defende. Por isso, além de múltiplos tratamentos estéticos, que vão desde os cocktails ricos em vitaminas, ácidos hialurónicos e toxina botulínica, à bioestimulação de regeneração de células, através de injeções, passando pelos liftings feitos através de cirurgia, a Clínica Milénio disponibiliza ainda um serviço de medicina anti-aging assente em cinco pilares: nutrição, hormonas bioidênticas, exercício físico, suplementação e hábitos de vida saudável. No caso da modelação hormonal, especifica o cirurgião, são pedidas análises “para perceber o que pode estar a falhar” e, a partir daí, havendo défices, são administradas as tais hormonas bioidênticas, “com um acompanhamento personalizado”. “Em todos os tipos de tratamentos que impliquem hormonas há sempre polémicas”, admite. Por isso, assegura, na sua clínica as coisas são feitas “com conta, peso e medida”.

“É importante que haja um tratamento e uma abordagem multidisciplinares”, reconhece o cirurgião plástico Ângelo Rebelo
(Foto: DR)

A prática da modulação hormonal, seguida por numerosas clínicas que se dedicam à área do antienvelhecimento, tem dado que falar. Em março de 2019, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM), o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), o Colégio da Especialidade de Endocrinologia e Nutrição e o Colégio da Competência de Geriatria emitiram mesmo um comunicado conjunto em que alertavam para os perigos do uso abusivo dos suplementos hormonais antienvelhecimento. “Nos últimos anos temos assistido à proliferação de terapêuticas não aprovadas para tratar problemas relacionados com o envelhecimento. A falta de aprovação deve-se ao facto de não ter sido demonstrada eficácia e/ou colocarem em risco a saúde”, podia ler-se.

As quatro entidades acusavam ainda vários agentes, incluindo “naturopatas, fisiologistas e outros sem formação reconhecida na área da Saúde, mas também médicos sem formação específica e reconhecida na área” de promover a utilização destes compostos mesmo quando os níveis hormonais são normais para a idade, ultrapassando a indicação geral de os utilizar “quando os níveis hormonais são insuficientes”.

“Na maior parte dos casos, é um engano, um embuste, uma charlatanice”, afiança o endocrinologista Hélder Simões
(Foto: DR)

Hélder Simões, médico endocrinologista e membro da SPEDM, é arrasador. Frisando que “toda a medicina é antienvelhecimento”, não hesita em afirmar que “na maior parte dos casos” em que se prometem terapêuticas antienvelhecimento está em causa “um engano, um embuste, uma charlatanice”. “Pelo que vejo nos doentes que são assistidos nestes contextos, a prática é pedir um batalhão de análises, independentemente das queixas do doente. Muitos doentes acabam por ser medicados sem necessitarem. Todos os endocrinologistas com quem vou falando relatam casos destes.”

“Ainda não há suporte científico suficiente para que se assuma como uma disciplina útil para retardar o envelhecimento”, explica o coordenador do Núcleo de Estudos Geriatria da SPMI João Gorjão Clara
(Foto: DR)

O especialista em endocrinologia é, por isso, totalmente cético em relação à chamada medicina antienvelhecimento. “Claro que não acredito. Não tem um programa de formação médica, um método científico de observar riscos e benefícios. Percebo que quem é leigo tenha dificuldade em fazer essa triagem. Mas isto não é uma questão de opinião”, sublinha Hélder Simões. Também João Gorjão Clara, coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria da SPMI, assume ser “muito desconfiado” em relação a este conceito. “Acho que ainda não há suporte científico suficiente para que se assuma como uma disciplina útil para retardar o envelhecimento. Sou cético e fico apreensivo. Porque além de não acreditar, acho que pode ter riscos. O que sabemos de forma segura é que o que ajuda a controlar o envelhecimento é o exercício físico, o controlo da pressão arterial, o controlo do peso, o não fumar, o consumo moderado de álcool.”

Alice, a eterna menina

Pausa nos argumentos para uma viagem até à Gafanha da Nazaré. É lá que descobrimos Alice Castro Jesus, 79 anos, jura o Cartão de Cidadão. “Mas ninguém me dá. Dão-me todos 60. Fui sempre assim. Andei sempre com moças mais novas e passava sempre por mais nova do que elas”, avisa de pronto a jovial septuagenária, visivelmente bem-disposta. Quando lhe falámos, acabara de sair de mais um ensaio de cavaquinho, uma das muitas atividades que tem. Também faz parte de dois coros. Na Universidade Sénior, integra os grupos da tuna, do teatro e da dança. E ainda tem as atividades da Câmara de Ílhavo. As danças de salão, a ginástica, até a zumba.

Alice Castro Jesus diz não ter segredos para o facto de parecer mais nova do que realmente é, mas conta que já a mãe era assim
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

“Agora nem tanto porque, por causa da covid, várias atividades foram interrompidas. Mas antes da pandemia, às vezes, até ficava com a agenda sobreposta. Saía de uma e ia a correr para outra.” Mesmo aos fins de semana, não perdia um baile no Turol Club, em Albergaria-a-Velha. “Antes não passava um dia sem sair de casa, é isso que me ajuda a viver.” O corpo ajuda, claro. Muitas vezes, ainda faz caminhadas diárias de uma hora. “Ainda me sinto com força para essas coisas todas.” O espírito também. “Ando sempre vestida à menina, cheia de cores garridas e com sapatos de cunha.”

Segredos? Não sabe dizer ao certo. Conta que foi sempre muito dinâmica e que a já a mãe era assim, “cheia de vida”. Que sempre dormiu bem, que sempre foi fazendo exercício, que até andou uns quantos anos no ginásio, já depois de enviuvar, que tem uma alimentação boa. “Como sempre mais legumes do que peixe e gosto de uma sopinha bem feita. Há anos que peso sempre os mesmos 53 kg.” Nunca fumou, bebe meio copo de vinho ocasionalmente e teve sempre uma vida regrada. O resultado está à vista: em tempos, até teve um médico que lhe perguntou se os pais não se teriam enganado na idade dela.

O caminho que já está feito

A história de Alice atesta aquilo que a ciência tem de mais certo em relação ao envelhecimento e à longevidade. Que uma parte é ditada pela genética, que outra tem a ver com aquilo que fazemos ao longo da nossa vida. Mas já lá vamos. Importa, antes de mais, perceber o que é exatamente o envelhecimento. Helena Canhão, professora da Nova Medical School, da Universidade Nova de Lisboa (onde se prepara para lecionar a cátedra de envelhecimento), e coordenadora do Centro de Medicina, Prevenção e Envelhecimento do Hospital CUF Tejo, ajuda a esmiuçar o conceito. “É um processo natural em que há, na maior parte dos órgãos, uma diminuição da capacidade de regeneração das células. Vamos perdendo células que depois não se conseguem multiplicar ou que têm um decréscimo da função – passam a ter menos capacidade para produzir energia e para estabelecer as funções que tinham anteriormente.”

Alice Castro Jesus garante que sempre se cuidou. Na alimentação, no exercício, no sono
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

Lino Ferreira, docente na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, na área do envelhecimento, e investigador no Center for Neurosciences and Cell Biology (CNC), detalha. “O processo de envelhecimento, antes de ser percebido clinicamente, revela-se por uma certa deterioração fisiológica. Há perda do tecido ósseo, da cartilagem, da massa e da força muscular, e também um ganho do tecido abdominal. Estas alterações ao nível dos tecidos são acompanhadas por alterações sistémicas, ao nível das hormonas, do sangue e de tecidos estruturais como os vasos sanguíneos e os tecidos cardíacos.”

E, afinal, porque há quem envelheça bem e quem envelheça mal? Helena Canhão, que também é presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, destaca os tais dois fatores decisivos. A genética (porque “há fenómenos que são acelerados por haver uma predisposição genética diferente, quer quando à longevidade e sobrevivência do indivíduo, quer quanto ao desenvolvimento de doenças”, pormenoriza) e os hábitos de vida. “A alimentação adequada, a manutenção de exercício físico, um sono que restabeleça e seja reparador, o não consumo de álcool e tabaco, visto que são hábitos que são lesivos de células e conduzem a envelhecimento precoce.”

“Há fenómenos que são acelerados por haver uma predisposição genética diferente”, atesta a reumatologista Helena Canhão
(Foto: DR)

Elsa Logarinho, investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto e líder de uma equipa que, no ano passado, descobriu um novo composto capaz de corrigir a instabilidade do material genético, característica determinante no envelhecimento celular, aprofunda a explicação. “O envelhecimento é o resultado da combinação de fatores genéticos e epigenéticos. O nosso genoma determina a nossa longevidade, mas a teoria atual é que o epigenoma [o conjunto de modificações químicas que ocorrem no próprio genoma] é determinante da velocidade com que envelhecemos. Durante o envelhecimento, o epigenoma é alterado e leva a que as nossas células percam identidade e funcionalidade”, salienta, prosseguindo: “E é aqui que surge a oportunidade de aumentar a longevidade: o epigenoma é muito sensível aos fatores ambientais, pelo que se controlarmos a dieta, o sono, o exercício físico e o stress, o epigenoma é ‘rejuvenescido’. E note-se que o epigenoma é modelado desde o nosso desenvolvimento embrionário”.

Resta, então, a questão primordial: já há hoje forma de retardar o envelhecimento? Lino Ferreira, que tem estudado o processo de envelhecimento cardiovascular e possíveis terapêuticas para limitar o seu impacto, explica que já existem medidas que estão a ser adotadas como, por exemplo, a restrição calórica. “É a intervenção não farmacológica e não genética mais estudada e robusta para reduzir biomarcadores de envelhecimento em humanos. Há estudos em roedores que mostram que pode aumentar o tempo de vida em mais de 30%.”

“[A restrição calórica] é a intervenção […] mais estudada e robusta para reduzir biomarcadores do envelhecimento”, atesta o investigador do CNC ( Universidade de Coimbra) Lino Ferreira
(Foto: DR)
Mas, além desta solução, tem havido uma panóplia de avanços científicos que nos levam a crer que retardar o processo de envelhecimento com grande eficácia será cada vez uma realidade. Elsa Logarinho não tem dúvidas disso: “Apesar de ser considerado irreversível, o envelhecimento é, na verdade, notavelmente flexível”. A investigadora revela que têm sido desenvolvidas muitas estratégias que retardam, “e potencialmente revertem”, o processo de envelhecimento.

“As manipulações metabólicas são as mais testadas e estabelecidas. Estas incluem a restrição calórica, o jejum e os miméticos dietéticos, como a metformina, rapamicina e resveratrol. Estas manipulações ajudam sobretudo a reduzir o estado de inflamação crónico ao mesmo tempo que ajudam a rejuvenescer o nosso sistema imunitário.” De resto, também as terapias senolíticas (que se baseiam em eliminar as chamas células senescentes, células defeituosas que acumulamos com a idade, que são pró-inflamatórias e que estão na origem das patologias associadas ao envelhecimento) estão “em rápida evolução, com muitas empresas estabelecidas nos últimos anos a prosseguir com ensaios clínicos”.

Já a parabiose (que, resumidamente, consiste na transfusão de sangue de jovens para pessoas mais velhas), no entendimento de Elsa Logarinho, “reúne ainda pouca evidência científica”. Lino Ferreira, que lidera aquela que será a primeira equipa a integrar o Multidisciplinary Institute of Ageing – Portugal, que será construído em Coimbra nos próximos três anos, com um financiamento de 15 milhões de euros da União Europeia, acrescenta a estes avanços um outro, que se prende com a medicina regenerativa. “É o caso de imunoterapia ou da reprogramação celular, por exemplo.”

“Apesar de ser considerado irreversível, o envelhecimento é notavelmente flexível”, sustenta a investigadora do i3S (Universidade do Porto) Elsa Logarinho
(Foto: DR)

E de volta ao tão polémico conceito da medicina antienvelhecimento. Elsa Logarinho tem a palavra. “É cada vez mais claro que, a fim de alcançar uma longevidade saudável para a população, há uma necessidade urgente de pesquisa e desenvolvimento de terapias eficazes contra processos degenerativos de envelhecimento. Contudo, à data, estão ainda em falta critérios diagnósticos cientificamente fundamentados e clinicamente aplicáveis.”

Certo é que, a avaliar pelos avanços que a investigação científica nesta área tem conhecido, o futuro se adivinha promissor.