A Marilu quer tornar-se um símbolo nacional e levar a identidade lusa além-fronteiras. Sempre aliada ao humor, a marca de produção local quer dar à praia o conforto de casa.
Conforto, humor e versatilidade em qualquer lugar é a aposta da nova marca portuguesa de almofadas e toalhas de praia. O padrão não deixa mentir quanto às origens: o galo de Barcelos é a personagem principal.
Lançada em junho, a Marilu passou por um processo de quase cinco anos de testes e aperfeiçoamento. “O tempo para ter certezas”, principalmente quanto à qualidade e durabilidade do material, explica Nuno Velez. É “em tempos difíceis que surgem as melhores ideias” e, por isso, nem a pandemia impediu de tirar da gaveta uma ideia que maturava há anos.
Nuno Velez e Ana Faro conheceram-se na escola de Arquitetura e a vida manteve-os sempre em contacto. A lisboeta de 41 anos tinha um café que o designer com raízes alentejanas frequentava. A Marilu reflete a identidade pessoal de cada um deles e do país que os une.
Além das referências nacionais, as cores dos produtos vão buscar os tons associados às casas típicas do Alentejo que recuam às memórias de Nuno Velez. O padrão de piquenique é influência dos anos de Ana Faro à frente de um café.
O objetivo foi criar um tecido que identifique a nacionalidade portuguesa e tornar o padrão Marilu num símbolo nacional, reconhecido dentro e fora do país. O nome da marca está ligada ao humor que os fundadores pretendem passar, numa homenagem à personagem homónima interpretado por Herman José na série “O tal canal”, dos anos 1980. “Uma personagem marcada no imaginário português”, diz Nuno Velez.
“Design português aliado ao ‘savoir-faire’ da industria nacional”, o tecido é confecionado numa fábrica nacional e a produção tem mão de costureiras locais. O objetivo, destaca o designer de 47 anos, é tentar que a indústria mexa. Comércio local, mínimo desperdício, sustentabilidade e economia circular são alguns dos pilares da marca.
O futuro, delineia Nuno Velez, é a internacionalização após aceitação nacional. Expandir para o estrangeiro e tornar a Marilu uma marca facilmente identificada como portuguesa.
