Liberdade. Amor, ruas que são teto e natureza

(Foto: Pedro Correia/Global Imagens)

São dois ensaios fotográficos, de dois fotojornalistas da Global Imagens. Retratos de uma nova liberdade, de uma pandemia, afinal, livre. Nos olhos de Pedro Correia, o amante de bicicleta e ar livre que, aqui, aponta as objetivas aos filhos num registo pessoal de um confinamento feliz. E de Leonel de Castro, o transmontano duriense que tem a reportagem entranhada no corpo há mais de duas décadas.

O Afonso tem sete anos. A Mafalda dez. O pai, Pedro Correia, apanhou-lhes momentos do confinamento com o que tinha à mão: uma câmara ou um telemóvel. Este é o retrato de uma pandemia que se fez livre. De bicicleta no monte, na praia despida de gente ou em casa a ensaiar as novas regras. Felizes a aproveitar velhas liberdades, como a de estarem verdadeiramente uns com os outros. E a valorizar o que mora ao pé de casa. A Natureza. O vento na cara. A família.

(Foto: Pedro Correia/Global Imagens)
(Foto: Pedro Correia/Global Imagens)

Cascata do Tahiti, Gerês. Julho de 2020. No meio de uma piscina natural, Leonel de Castro encontrou aí o significado da liberdade dos novos tempos: a Natureza, que nem a pandemia foi capaz de roubar. Aí e no lado oposto, no meio urbano. Praça da República, Porto. A morada dos que não têm teto tornou-se só deles. Sem mais gente nas ruas de uma Invicta vazia. Um confinamento livre de paredes e telhados. Os sem-abrigo confinados a uma cidade inteira.

(Foto: Leonel de Castro/Global Imagens)
(Foto: Leonel de Castro/Global Imagens)