Jornalista da NM vence prémio Arco-Íris da ILGA

Ana Tulha foi reconhecida pelo trabalho de projeção e visibilidade das pessoas LGBTI ao longo de 2020.

A jornalista Ana Tulha, da “Notícias Magazine”, venceu o prémio Arco-Íris 2020 da associação ILGA Portugal na área do “Jornalismo”, pelo trabalho de projeção e visibilidade das pessoas LGBTI. Uma reportagem assinada pela jornalista sobre a homossexualidade no desporto, publicada em setembro na NM, relatou histórias de medos e angústias, de gozo e insultos, de vidas duplas e sofrimentos. De quem ouve dos adversários “olha aí, ó paneleiro”.

Uma década depois da aprovação do casamento gay em Portugal, Ana Tulha reconhece o longo “caminho que ainda temos pela frente” e a importância do galardão da ILGA, que já premiou figuras como o humorista Diogo Faro ou o radialista Rui Maria Pêgo. Pôde constatá-lo pela “dureza dos testemunhos” que recolheu, mas também pelos que não recolheu. “Pelo imenso tabu, pelo imenso manto de silêncio com que me deparei nas dezenas de contactos que fiz.” A jornalista agradeceu, ontem à noite, num vídeo divulgado durante a cerimónia que decorreu sem audiência e que foi transmitida pelo Canal Q, à ILGA e também à NM “pelo tempo e pela liberdade” para se debruçar sobre o tema.

Entre os premiados estão o também jornalista Bernardo Mendonça, a atriz Maria João Vaz, a Câmara Municipal de Lousã e o Festival de Cinema Queer com o Prémio 25 anos ILGA. A investigadora Sandra Saleiro foi distinguida com o Prémio Arco-Íris atribuído pela AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género. E a rede ex aequo – associação de jovens LBGTI e apoiantes – decidiu premiar o estudo “When home is not a safe haven: Effects of the COVID-19 pandemic on LGBTQ adolescents and young adults in Portugal”.

Os Prémios Arco-Íris, organizados pela ILGA Portugal em parceria com as associações AMPLOS e rede ex aequo, distinguem as personalidades que ao longo do ano deram visibilidade a questões ligadas à orientação sexual, identidade de género e características sexuais, contribuindo para a maior inclusão da população LGBTI na sociedade, para erradicar preconceitos e contrariar estereótipos.

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