Nas suas páginas, cabem todos os mundos possíveis e imaginários. Uma história feita de vontades e técnicas na disseminação de ideias.
Primeiro, a escrita; depois, o texto; a seguir, o livro. E todo um caminho feito para que histórias e pensamentos se perpetuassem em páginas. Estava escrito. As palavras precisavam de um lugar eterno. Encontraram-no nos livros.
As tabuletas de argila e de pedra foram o primeiro suporte da escrita. Várias placas juntas seriam uma espécie de livro, ainda rudimentar, ainda longe do que é hoje. Depois, o papiro revolucionou o estado da arte, planta tornada papel, folha dada à escrita, maleável , facilmente transportável. Entretanto, há peles de animais que adquirem novas funcionalidades e os rolos de papiro são substituídos por pergaminhos. O livro como objeto começa então a ganhar forma pelos olhos e pelas mãos dos romanos, nos primeiros anos da Era Cristã.
Distribuir informação na forma escrita adquire um enorme significado. Na Idade Média, usam-se letras maiúsculas, surgem as margens e as páginas em branco, os índices e os sumários. Até que em 1455, Gutenberg, gráfico e inventor alemão, apresenta ao Mundo a imprensa que desenvolverá a tipografia.
A partir daí, nada podia travar a disseminação em massa do conhecimento e da informação. É um produto intelectual, um bem de consumo, que dá trabalho, exige produção, desde o texto à paginação, passando pelo design, revisão, impressão, encadernação, distribuição.
Livros? Há para todos os gostos e feitios. Literários, escolares, técnicos. De todos os tamanhos. Um interminável número de possibilidades. Os livros eletrónicos, em formato digital, apareceram no final do século XX. A evolução não pára.
Quantos mundos cabem num livro? Todos os possíveis e imaginários. Aqui e em qualquer parte do Planeta. Em todo o lado.