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E tudo Costa inflamou com as críticas à Galp

António Costa, primeiro-ministro

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Críticas dirigidas pelo primeiro-ministro à Galp, no último domingo, valeram-lhe respostas arrasadoras por parte da oposição e dos sindicatos. Em causa, o encerramento da refinaria da petrolífera em Matosinhos, consumado em abril, e o despedimento coletivo de 140 trabalhadores.

O que está em causa
Em dezembro do ano passado, a Galp anunciou o encerramento da atividade de refinação em Matosinhos e a concentração de operações no complexo de Sines. A decisão foi justificada com uma avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como os desafios de sustentabilidade e as características das instalações.

5%
O impacto do encerramento da refinaria no PIB em Matosinhos, segundos dados de um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, apresentado pela autarquia.

“Era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade, tanta irresponsabilidade, tanta falta de solidariedade como aquela que a Galp deu provas aqui em Matosinhos”
António Costa
Primeiro-ministro

Críticas em catadupa
As declarações de Costa valeram-lhe críticas de toda a oposição. Entre outras acusações, Rui Rio (PSD) disse que mentia à descarada, Jerónimo de Sousa (PCP) falou em lágrimas de crocodilo e Catarina Martins (BE) invocou um exercício de cinismo. Também os sindicatos acusaram o governante de proferir “declarações cínicas e fingidas”, que merecem “condenação nas urnas”.

A lição exemplar
Depois de ter defendido que a Galp merecia uma “lição exemplar”, o primeiro-ministro justificou-se dizendo que se referia à ativação do Fundo de Transição Justa (ao abrigo do qual o Governo espera receber 200 milhões de euros), para que quem perdeu o posto de trabalho na refinaria de Matosinhos possa ter novas oportunidades.