É tabu, mas custa-lhe a sua qualidade de vida. Vamos tratar disso?

Produzido por Brandstory Notícias Magazine

Assunto de que não se pode ou não se deve falar; que é proibido; que não se pode ou deve proferir. Este é o significado de tabu segundo o dicionário de língua portuguesa. A palavra hemorroidas também podia estar incluída nesta lista. Mas sabia que, ao não falar nem tratar da doença hemorroidária, para além de adiar um problema pode estar a agravá-lo?

Tabu e vergonha. Dois dos maiores inimigos das hemorroidas. A doença hemorroidária não é mais do que a inflamação das veias hemorroidárias, plexos venosos que fazem parte da nossa anatomia anal. Mas o pudor em falar sobre as hemorroidas faz com que seja uma doença altamente subdiagnosticada, e quem com ela vive sofre em silêncio. Já existem formas de tratar e atenuar a dor e o desconforto que esta doença provoca – pelo que é urgente desmistificar as hemorroidas e informar quem delas sofre.

O primeiro passo para acabar com o tabu associado às hemorroidas é falar mais sobre a doença, saber como surge, quais os fatores de risco e sintomas, medidas de prevenção e formas de tratamento. Sabia que exercer demasiada pressão nas veias hemorroidárias (quando se prolonga o tempo de defecação na casa de banho, por exemplo), de forma continuada, pode levar ao aparecimento de crises hemorroidárias? Existem ainda outros fatores de risco associados à doença hemorroidária, como a obstipação, demasiado esforço durante a defecação intestinal, excesso de peso, ingestão excessiva de alimentos picantes e de álcool, alterações hormonais (gravidez e parto), envelhecimento e hereditariedade. Embora possam surgir em qualquer idade ou género, as hemorroidas costumam ser mais comuns a partir dos 45 anos.

Existem vários tipos de hemorroidas: internas (desenvolvem-se no interior do ânus, com perdas de sangue e sem sintomas de dor associada); externas (desenvolvidas externamente, ao redor do ânus, com raras perdas de sangue, mas com sintomas de dor associada); e mistas (com características e sintomas associados às hemorroidas internas e externas).

Os sintomas mais comuns da doença hemorroidária são desconforto na região anal, prurido, dor ao defecar, sangue vermelho vivo nas fezes ou no papel higiénico ao limpar, e exteriorização das veias hemorroidárias – que é quando estes plexos venosos acabam por “sair”, formando uma saliência no exterior do ânus. Quando as hemorroidas se concretizam em prolapso irredutível, o sofrimento de quem tem esta condição agudiza-se e situações simples como estar sentado durante algum tempo ou até mesmo caminhar tornam-se um verdadeiro suplício, especialmente se for vivido em segredo.

Para prevenir o desenvolvimento de doença hemorroidária aconselha-se manter uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico regularmente. Alimentos ricos em fibras como cereais integrais, frutas cruas, legumes de folha verde, sementes ou frutos secos promovem o bom funcionamento do intestino, amolecendo a matéria fecal e diminuindo o esforço de defecação. Assim, o esforço exercido nas veias hemorroidárias diminui e a pressão sobre as mesmas também. Por outro lado, alimentos demasiado condimentados, picantes e bebidas alcoólicas são verdadeiros inimigos dos plexos hemorroidários e aumentam a dificuldade na defecação, podendo levar ao desenvolvimento de hemorroidas. Já o exercício físico adequado é uma boa forma de prevenir crises hemorroidárias pois ativa a circulação venosa e combate a obesidade.

Um hábito importante a manter para evitar o aparecimento de hemorroidas é não conter a vontade de defecar, para que a matéria fecal não endureça, evitando assim fazer demasiado esforço na defecação. É também aconselhável não passar muito tempo sentado, de modo a estimular a circulação sanguínea. Por isso, lembre-se de fazer intervalos regulares enquanto trabalha e não se esqueça de praticar exercício físico duas a três vezes por semana.

A informação é, de facto, a maior arma para combater as hemorroidas já que, sem cuidados nem tratamento, esta condição tende a agravar-se e a ter um impacto enorme na qualidade de vida. No dia-a-dia de quem sofre com esta doença, isso traduz-se num desconforto continuado que prejudica não só a vida pessoal como a profissional, com almoços de família e reuniões de trabalho a tornarem-se autênticos martírios. Por outro lado, quem tem hemorroidas (especialmente quando são externas ou mistas) tem tanta dor ao defecar que começa a evitar ao máximo esse momento, apenas contribuindo para o agudizar da doença – já que assim as fezes endurecem e torna-se ainda mais difícil evacuar.

Foi a pensar no fim do tabu e na melhoria da qualidade de vida de quem tem hemorroidas, que surgiu o projeto digital Hemorroidas – Sem Vergonha & Sem Dor, com toda a informação sobre a doença, sintomas, medidas de prevenção, mitos e verdades, conselhos úteis e muito mais. Este projeto é formado pelo website www.ashemorroidas.pt, bem como pelas respetivas páginas de Facebook e Instagram. Neste projeto podem encontrar, por exemplo, mitos e verdades sobre hemorroidas, onde podemos facilmente esclarecer algumas dúvidas que nos assolam quando temos uma crise hemorroidária. O site destaca ainda a aplicação de cremes ou pomadas, tratamento com venoativos orais e outros métodos para o tratamento das hemorroidas. Sublinha-se, também, a importância de procurar ajuda junto de um profissional de saúde, como o seu médico ou farmacêutico, já que a terapêutica aplicada à doença depende dos sintomas associados.

Quando uma em cada três pessoas sofre de hemorroidas pelo menos uma vez na vida, não restam dúvidas que é mesmo tempo de pôr um ponto final ao tabu e tratar desta doença, que tantos aprisiona num sofrimento em silêncio. Consulte o site www.ashemorroidas.pt, siga o projeto nas redes sociais e recupere a sua qualidade de vida.