Cate: têxteis inspirados nas terras altas da Escócia

A coleção de artigos têxteis é de poliéster com viscose, um material aconchegante e muito fácil de engomar, assegura Catarina Alves

A estreia da arquiteta Catarina Alves no mundo dos tecidos tem espírito da época. Toalhas, guardanapos e almofadas a combinar com a quadra festiva. Uma coleção sustentável, portuguesa, com material aconchegante e fácil de engomar.

Catarina Alves é arquiteta, Cate é a marca vocacionada para a sua arte, design de interiores e lifestyle, que acaba de fazer um ano e que assenta na premissa de que a maneira como um espaço é desenhado, concretizado e decorado interfere diretamente na forma como se vive e aproveita a vida. Com o aproximar do Natal, aventurou-se pela diversidade do mundo têxtil. Resultado: uma coleção cápsula para a época natalícia com artigos para o lar. “As peças são feitas de um poliéster com viscose muito fácil de engomar, de trabalhar, e confortável”, adianta.

Toalhas, uma grande com três metros de comprimento e uma média com 2,5 metros, caminhos de mesa, guardanapos de pano, almofada natalícia e três capas de almofadas para conjugar com outros elementos decorativos. Catarina inspirou-se nas viagens que fez às terras altas da Escócia, criou um padrão tartan, verde, vermelho, preto, com uma fina lista branca, para um visual moderno e aconchegante. “Padrões intemporais com a versatilidade de combinar com padrões mais básicos.”

No ano passado, andava pelas plataformas virtuais a dar dicas para encher a casa de alegre espírito natalício e não só. “Tento sempre fazê-lo com coisas que sejam acessíveis a quem está do outro lado. As coisas têm de ser fáceis, intuitivas e acessíveis.” No final de 2021, apresenta artigos têxteis para facilitar o trabalho. “Tirando proveito daquilo que nos envolve”, repara. “O processo criativo pode começar pelas coisas mais simples, um objeto, uma viagem, uma flor, uma árvore, um padrão.”

A coleção é sustentável e nacional da cabeça aos pés. As peças estão à venda online, custam entre 25 e 120 euros, é preciso encomendar para assim evitar gastos desnecessários em produzir o que não se vai usar e desperdiçar material. Em nome da ecologia e da proteção do ambiente. “A sustentabilidade e dar uma segunda vida aos objetos são valores e preocupações que tinha na arquitetura e design de interiores”, lembra a arquiteta. O mesmo se aplica nesta estreia pelos tecidos. A coleção é de Natal, é certo, mas estará disponível durante todo o ano dado o seu visual que se adapta a qualquer ocasião.

 

Cate vem do seu nome Catarina. “É uma marca que acaba por materializar o meu percurso na arquitetura, construí e projetei a minha casa de raiz”, realça. Os confinamentos deram-lhe tempo e serenidade para se focar num projeto em nome próprio e à sua imagem. Avançou com workshops, consultoria de decoração, ganhou o Prémio Municipal de Arquitetura 2021, do concelho de Odivelas, com a Casa da Quinta, lançou recentemente um canal de YouTube para partilhar conselhos a quem dar novas vidas aos espaços e objetos. E está satisfeita com a nova aventura no têxtil. “É mais uma novidade, é mais uma experiência.” Flexibilidade também é um conceito que se enquadra no seu pensamento. Quem sabe se estará a caminho uma linha de cerâmica?