Biquínis ou fatos de banho, a escolha é do freguês, mas as marcas apostam em modelos que se ajustam a diferentes silhuetas para favorecerem as mulheres reais.
O calendário anuncia a estação mais quente do ano e é hora de marcar férias ou planear dias na praia ou mergulhos de piscina. O calor inspira atrevimento e roupa de praia a condizer, numa época em que a moda é cada vez mais inclusiva. Este ano, a tendência reforça a diversidade e incide em “biquínis ou fatos de banho em franzido, com pregas na costura”, além de “peças ajustáveis, versáteis e coloridas, entre uma ampla gama cromática de tons suaves, como o lavanda, amarelo, verde, bege”, aponta a responsável da Missus, Marta Matias. Habituada a lidar com a consumidora final, a designer reconhece que “o biquíni é o artigo mais procurado, embora tenha crescido a procura de fatos de banho”. O que se explica pelo facto de as duas peças permitirem “bronzear mais facilmente, sem deixar grandes marcas”, além de possibilitarem variadas combinações.
A empresária garante que o feedback das clientes motiva “o desenvolvimento de novas peças e de formas que vistam o tipo de corpo mais comum, que é o formato pera”. Além disso, a marca tem dado “mais enfoque ao suporte do peito, estrutura e encaixe para proporcionar um maior conforto”. A combinação de diferentes tamanhos, na parte de cima e na parte de baixo, permite que o biquíni assente bem em diferentes fisionomias e é uma aposta da maioria das marcas nacionais e internacionais.
A Mist nasceu em 2019 pela mão de três irmãs, Beatriz, Joana e Carolina, e assenta em modelos base “muito testados”, aos quais se vão somando cores e novidades. “São bem construídos e moldam-se a todos os corpos”, adianta Beatriz Oliveira, antes de sublinhar que “há partes de cima modernas e bonitas também para quem tem peito grande”, pois foi uma lacuna que perceberam existir.
Lançada recentemente, a Kalimera Collection comunga da mesma versatilidade e oferece ainda tamanhos a partir do XS. Os designs minimalistas e descomplicados, segundo Sara Arrais, a fundadora da marca, permitem “bronzear sem deixar grandes marcas”, ao mesmo tempo que transmitem confiança a quem os veste.
Maria Ferreira deixou-se influenciar pelo voluntariado na Indonésia para batizar a coleção da Kayô, dirigida a um “público jovem, mas com modelos até ao L e ajustáveis”. Mais abrangentes são as sugestões da Kaukai, a marca que surgiu durante a pandemia a pensar no “corpo da mulher real”. Propõe “várias formas de vestir” em cada peça, asseguram as autoras, Cátia Almeida e Joana Pinto, promovendo um espírito livre e sem filtros, mesmo no Instagram.
No mercado, há mais propostas e para todas as silhuetas, o difícil será mesmo escolher. Padrões, cores e formas confundem o gosto, mas há algumas notas a considerar. “Modelos que ofereçam suporte não apenas na lateral, mas também com alça mais larguinha” são, de acordo com Marta Matias, os indicados “para quem tem peito grande”. A cueca de cinta subida combina bem com ancas mais largas e disfarça a barriguinha. Já as partes de baixo mais cavadas tendem a alongar as pernas. O importante mesmo é apreciar o resultado final e usar as peças com confiança.