Biden com pressa para apagar o rasto de Trump

Joe Biden

A tomada de posse do 46.º presidente dos EUA, na quarta-feira, foi um murro na mesa contra o legado do antecessor. Regresso do país ao Acordo de Paris, medidas de combate à covid-19 e fim das restrições de viagem para cidadãos de países islâmicos contemplados nas dezenas de ordens executivas assinadas pelo novo inquilino da Casa Branca.

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Os dias que passaram entre o momento em que o Executivo de Trump abandonou o Acordo de Paris (tratado climático internacional firmado em 2015) e o regresso do país a esse mesmo acordo. O anúncio da saída já tinha sido feito por Trump em junho de 2017, mas o abandono só ficou formalizado a 4 de novembro de 2020, um dia depois das eleições

Política migratória revista
Reunir pais e filhos separados quando tentavam entrar no país ilegalmente é outra das prioridades da Administração Biden. O novo líder promete ainda apresentar ao Congresso, nos primeiros cem dias da presidência, um novo plano relativo à política de imigração.

“Há muito que falo sobre a batalha pela alma da América. Temos de restaurar a alma da América
Joe Biden, no primeiro discurso como presidente eleito dos EUA

1,6 biliões
O valor (em euros) que Joe Biden pretende aplicar em medidas de aceleração de vacinação para a covid-19 e assistência financeira a indivíduos e empresas. Suspensão dos prazos de pagamentos de empréstimos universitários e dos despejos de inquilinos em falta são duas das primeiras medidas a entrar em vigor.

Declaração de intenções
A assinatura de ordens executivas a reverter decisões dos antecessores é já uma espécie de tradição entre os recém-empossados presidentes dos Estados Unidos, servindo como declaração de intenções face às prioridades do mandato. Trump, por exemplo, estreou-se na aplicação de restrições de viagem a cidadãos de países islâmicos e com o compromisso de construir um muro com o México.