Berços de verga ou vime voltam a ser leito para o sono dos bebés. Marcas portuguesas apostam no talento de artesões e apresentam sugestões que se afirmam como verdadeiras peças de família.
Numa altura em que a tecnologia dita novidades ao nível da puericultura, nota-se também um desejo de regressar às origens, inclusive no mobiliário. Por influência de figuras públicas – que os mostram nas redes sociais – ou por gosto pessoal, os tradicionais berços em verga entram na equação na hora de fazer o enxoval e preparar a chegada de um bebé.
Filipa Silva deixou-se inspirar quando estava grávida e uma amiga emprestou-lhe um berço. Percebeu na altura que a oferta era escassa e, há cerca de três anos, criou a Bassinets & Co, que tem vindo a crescer, tamanha é a procura. “O trabalho dos nossos berços é totalmente artesanal e trabalhamos com uma equipa muito pequena de artesãos”, pormenoriza a executiva de marketing, que apostou num nicho de mercado em franca expansão.
Apostada em “produtos duradouros, sustentáveis”, Filipa Silva sublinha que este tipo de berço é “uma peça de família que passará de filho para filho e atravessará gerações, com mil histórias para contar”. Por ser tudo feito à mão, a produção é limitada e “o prazo de entrega é longo”. O grande destaque vai para o modelo Lola e Lilly, que apresenta diferenças apenas nas laterais. “Pode ser usado totalmente fechado ou aberto à esquerda, ou à direita, conforme for encostado ao lado da cama”, descreve a responsável.
Também nacional é a Baby Tower e Tatiana Lima, a gerente, reconhece alguma nostalgia nos clientes que “procuram para os filhos berços semelhantes ao que tinham quando eram bebés”.
O trabalho em vime é igualmente artesanal, num cruzamento perfeito entre o tradicional e o moderno. As forras primam por detalhes, como o bordado inglês, que remetem para a inocência da primeira idade.
