Aquecedor elétrico surgiu no século XIX, depois de lareiras, hipocaustos e radiadores. Mas tardou a popularizar-se. E mesmo assim...
A necessidade de nos aquecermos é tão antiga como a própria História. Já os neandertais, há mais de 40 mil anos, recorriam à lareira, para se aconchegarem e cozinharem. É certo que com o tempo foi havendo variações. Os romanos, por exemplo, usavam os hipocaustos, espécie de fornos subterrâneos. Mais tarde, algures no século XII, a lareira passou para o interior das chaminés, mantendo-se como fonte primordial de aquecimento até ao século XVII, quando apareceram os fogões.
Para encontrar formas mais inovadoras de combater o frio é preciso avançar até ao século XIX, quando o radiador foi inventado, algures na Rússia. Pouco depois, Thomas Edison, pai da lâmpada elétrica, engendrou por fim o aquecedor, ainda que tenha sido preciso esperar até ao final da Guerra Civil Americana (1865) para o ver ganhar popularidade. No final desse mesmo século, Dave Lennox sacou um importante coelho da cartola ao fabricar um forno de aço a carvão que usava radiadores de baixo custo para aquecer uma casa. E assim as pessoas deixaram de ter de se amontoar em redor das lareiras ou dos fornos para se aquecerem.
Já o sistema de aquecimento central surgiu em 1919, cortesia de Alice Parker. Conclusão: em meados do século XX, já havia uma vasta panóplia de opções para aquecer a casa, das caldeiras alimentadas por gás natural aos recuperadores de calor. Para não falar no aquecimento solar, que apareceu na década de 1990. Continua a ser insuficiente ainda assim: Portugal segue na causa da Europa no que ao aquecimento doméstico diz respeito, com 19% da população a sentir dificuldades em manter a casa quente durante o inverno.