Anéis: afinal nunca se foram

Desde cedo o anel foi usado como acessório

Os anéis surgiram há milhares de anos, sempre associados ao amor. Da simbologia do círculo perfeito à veia que ajudaria a unir os amantes.

Vasculhar os primórdios do anel é encontrar de imediato a vocação amorosa que o persegue. Basta ver que quase 3000 anos a.C., quando começou a ser usado entre egípcios e hindus, já simbolizava a aliança entre um homem e uma mulher (por representar um círculo perfeito, algo que não conhece um fim).

Com Alexandre o Grande, rei do reino grego antigo da Macedónia, a apoderar-se do território egípcio, o costume depressa foi “exportado” para a civilização grega, que desencantou uma explicação bem rebuscada para justificar o facto de este passar a ser usado no quarto dedo da mão esquerda: a presença nesse dedo de uma veia ligada diretamente ao coração, o que ajudaria a que os corações dos amantes permanecessem para sempre atraídos um pelo outro. Por muito efabulada que soe a teoria, certo é que o anel enquanto símbolo de união seria também adotado pelos romanos e mais tarde pelo próprio Vaticano – o anel de noivado seria formalmente instituído em 860 por decreto do Papa Nicolau I.

Nesta retrospetiva histórica, importa ainda sublinhar o facto de desde cedo o anel ter sido usado igualmente como acessório – ou mesmo como marco para selar atos importantes. O resto, já se sabe, é uma história crescente de comercialização em massa, associada a uma profusão infindável de modelos, metais, formatos, pedras e detalhes. E ainda diz a sabedoria popular que se vão os anéis e ficam os dedos.