Alunos de cursos profissionais: com as mãos na massa, eles sabem o que querem

Inês sente-se bem na terra, nas vinhas, a cuidar de animais. Mariana estuda pastelaria e Ester construção civil. Fábio adora robótica e Marco vai estagiar numa oficina de automóveis na Suécia. São bons alunos e estão em cursos profissionais. Com muito gosto, por vocação. Parentes pobres do ensino? Nada disso.

Cresceu no meio rural, na quinta dos avós, animais em casa, campos ao redor. Inês Sofia Mendão sonhava ser veterinária. No 9.º ano, os testes psicotécnicos apontaram-lhe a área científica para medicina veterinária e gerontologia para ajudar os mais velhos. No 10.º ano, estava em Ciências e Tecnologias em Penafiel. “Estava a fazer o que não queria, queria uma coisa mais técnica e profissional”, conta.

Inês tem 18 anos e está no 2.º ano do curso técnico de Produção Agropecuária da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses. A melhor aluna do curso. Com as mãos na terra, jardineiras vestidas, galochas nos pés, em 85 hectares a perder de vista. Nota-se que está feliz. Valeu a pena? Inês nem pestaneja. “É das decisões de que não me arrependo. Meter a mão na massa. É isso que eu quero.”

Inês Sofia Mendão, 18 anos, está no curso técnico de Produção Agropecuária da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses. “É das decisões de que não me arrependo. Meter a mão na massa. É isso que eu quero”
(Foto: Octávio Passos/Global Imagens)

Mais a norte, Mariana Beatriz cresceu a ver a avó Emília e a mãe Susana a cozinhar. “Comecei a ganhar gosto por esta área.” Aluna de 4, acabou o 9.º ano, pensou seguir Línguas, ser professora ou educadora de infância. A tradição familiar falou mais alto. Mariana tem 17 anos e está no último ano do curso técnico de Cozinha Pastelaria da Escola Secundária Martins Sarmento, em Guimarães. A formação em pastelaria e o estágio em contexto de trabalho foram determinantes na escolha que surpreendeu muita gente. Tudo apontava para Ciências ou Humanidades, Mariana optou pela via profissional.

Fábio Campos tem 16 anos e está no 1.º ano do curso técnico de Eletrónica, Automação e Comando da Escola Profissional de Aveiro. Nunca hesitou. “Sei que terei mais saída no mercado de trabalho, é mais imediato. É uma vantagem muito grande ter um curso profissional.” Em breve, estará em estágio numa empresa de robótica em Vale de Cambra, perto de casa. Quando terminar o curso, quer tentar a universidade para consolidar conhecimentos, aprender mais, por prestígio também. “É o meu futuro.”

Ester Bueno também quer entrar na universidade para estudar Engenharia Civil. Em criança, queria ser arquiteta. No 10.º ano, escolheu a área de Ciências, no 11.º mudou para Artes, ficou uma semana, voltou para Ciências. Dois anos no Secundário a perceber que não era aquilo, a dar voltas. “Não gostei de nenhuma das áreas, não me sentia encaixada, não sentia vontade de ir para a escola”, recorda. Ester tem 21 anos e está no 3.º ano do curso técnico de Construção Civil na Escola Profissional Gustave Eiffel, no campus do Lumiar, em Lisboa, que tem 26 cursos profissionais e dois mil alunos (1 800 em cursos profissionais) espalhados por seis polos. “Uma das coisas boas é olhar mais para a frente e ambicionar mais para a minha vida”, diz.

Marco Soares nunca teve dúvidas. “Desde pequeno que gosto muito de carros, é uma paixão muito grande. Trabalhar a fazer o que gosto é espetacular.” Concluiu o 9.º ano em Oliveira de Frades, falaram-lhe num curso profissional à sua medida, quis conhecer a escola, apresentaram-lhe tudo, viu tudo, não vacilou. “Sei o que quero estudar e é isto que quero ser.” A primeiríssima escolha, a concretização de um sonho de criança. E se não houvesse vagas? “Tinha de haver”, responde.

“Quem segue um curso profissional, tem, já de pequeno, de saber o que quer. Seguir um curso profissional é mais uma certificação que favorece quem sabe o que quer”, garante Fábio Campos, 16 anos, 1.º ano do curso técnico de Eletrónica, Automação e Comando da Escola Profissional de Aveiro
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

Marco tem 17 anos e está no último ano do curso técnico de Mecatrónica Automóvel, que lhe dará equivalência ao 12.º ano, na Escola Profissional de Vouzela, que tem sete cursos profissionais e 200 alunos. Expectativas superadas. “Muito melhor do que esperava.” Aprende o que a mecânica tem para ensinar, manutenção, diagnóstico de anomalias, estado de jantes e pneus, reparações de sistemas mecânicos, elétricos e eletrónicos de viaturas ligeiras. Sente-se como peixe na água.

Galochas, fato-macaco, ferramentas, fios

Inês Sofia é despachada e tem garra. Depois do 10.º ano, numa visita à escola profissional que andava debaixo de olho, a mãe perguntou-lhe se era mesmo aquilo que queria. “É isto, de certeza”, respondeu-lhe. Fez as malas, está na residência da escola, senão seriam 54 quilómetros para cada lado. “A escola é enorme, tem tudo o que mais queremos.” Vacas, vitelos, porcos, galinhas, patos, codornizes, perdizes. Estufas, viveiros, pomares, vinhas, apiário, um centro hípico. “É um mundo aberto, nunca estamos parados.” Envolve-se em quase todos os projetos da escola que tem 220 alunos de 30 concelhos.

Inês alarga horizontes, gostaria de ter uma experiência fora do país, pondera um estágio em Bordéus, França, fará os exames nacionais do Secundário, quer entrar na universidade. Agora não é apenas veterinária, agronomia e a área vinícola também a fascinam. “Gosto muito da parte vegetal, ir para as vinhas, plantar.” Por isso, quer estudar Engenharia Agrónoma na universidade e mais tarde Zootecnia.

Antes das atuais restrições, Mariana Beatriz passava as quartas, sextas-feiras e sábados de manhã, das 7 horas ao meio-dia, na pastelaria Clarinha, em Guimarães, estágio em contexto de trabalho. Fazia de tudo um pouco, doces típicos, croissants, toucinhos do céu. Prefere pastelaria à padaria, gosta de meter as mãos na massa. Tem média a rondar os 17 valores, bolsa de estudo, pondera tirar uma formação técnica superior, em Pastelaria, muito provavelmente. Ainda não sabe bem. Ganhar o seu dinheiro agrada-lhe, abrir um negócio seu como pasteleira passa-lhe pela cabeça. Em Guimarães, não longe de casa, com bolos e doces típicos. “E, se tivesse muito sucesso, abriria mais lojas pelo país”, confessa.

Construção civil não é uma área estranha para Ester, o padrasto tem uma empresa de construção civil, acompanha-o nas férias, de capacete, a algumas obras, imagina-se encarregada de empreitadas, a programar trabalhos, desenhar plantas, fazer orçamentos. Interessam-lhe casas feitas com materiais reciclados, do que se pode erguer sem travões à criatividade. Em abril, deverá começar o estágio. “Quando comecei o curso profissional, ainda fiquei um pouco receosa, se seria a área que queria mesmo.” As dúvidas dissiparam-se. “Gosto de tudo o que está relacionado com a obra.”

“É mais tempo na escola, mais trabalho. (…) Uma das coisas boas é olhar mais para a frente e ambicionar mais para a minha vida”, diz Ester Bueno, 21 anos, 3.º ano do curso técnico de Construção Civil na Escola Profissional Gustave Eiffel, em Lisboa
(Foto: Leonardo Negrão/Global Imagens)

Fábio Campos está numa área que adora e que o pai estudou. “Gosto bastante da perfeição.” Quando era mais pequeno, não largava o pai nas reparações domésticas. Queria perceber como era, como não era, como avariava, como funcionava. O fascínio cresceu. Tem aulas no centro de inovação Vougapark, em Sever do Vouga, onde a Escola Profissional de Aveiro tem um polo de formação. São cerca de 450 alunos e 27 turmas em nove cursos profissionais, de um total de 700 estudantes de 11 municípios da região de Aveiro e 37 turmas.

Marco Soares quer trabalhar numa oficina de automóveis ali perto de casa, em Oliveira de Frades, entrar no mercado de trabalho, ganhar o seu dinheiro. Antes disso, irá à Suécia para uma experiência numa oficina de automóveis, estágio escolar. “Para conhecer outras coisas, outros métodos de trabalho”, explica. Está curioso e admite que o que acontecer na Suécia poderá alterar os seus planos. De uma coisa tem a certeza: “O Ensino Profissional é excelente. Neste momento, estamos preparados para entrar no mercado de trabalho”.

Um ensino menor? O preconceito existe

Na última década, a oferta de cursos profissionais aumentou. No ano letivo de 2018/19, havia 6 317 cursos no continente e 115 981 alunos nesta via de ensino, com os rapazes em maioria – a proporção do sexo feminino tem variado entre os 39,8% e os 45,5%. Nesse ano letivo, o número de alunos matriculados nos cursos de dupla certificação era de 40,9%. Dados recentes mostram que dos diplomados do Ensino Profissional, 60% estão empregados (mais de metade em trabalhos qualificados) e 34% a frequentar estudos superiores.

Mariana Beatriz sente que ainda há preconceito. “Há quem pense que os cursos técnicos são para os burros, para quem tem menos capacidades ou para quem quer fugir dos estudos.” Quem pensa assim, assegura, ou não sabe ou não quer entender. “Temos uma PAP [Prova de Aptidão Profissional], temos relatórios, temos testes, temos apresentações orais. Temos aulas teóricas e práticas, preparamo-nos para o mercado de trabalho. Muitos dos que andam nos cursos científicos não sabem bem o que querem ser.”

Inês Sofia conhece essa sensação, alguns colegas disseram-lhe que iria regredir. “Muita gente tem a ideia de que o Ensino Profissional é para pessoas mais burras. Mas não é. É uma boa opção de vida, é uma mais-valia.” “Há cursos superiores sem empregabilidade, muita gente com canudos na mão a trabalhar em caixas de supermercado”, acrescenta. Estar na escola com um pé no mercado de trabalho é uma vantagem. “O Ensino Profissional tem muita saída. Todos querem ser médicos ou doutores e é necessário ter gente na agricultura, que é a base de tudo”, atira Inês.

Fábio Campos concorda que “não faz sentido” olhar para o Ensino Profissional como um ensino mais facilitado. Pelo contrário. “Quem segue um curso profissional, tem, já de pequeno, de saber o que quer. Seguir um curso profissional é mais uma certificação que favorece quem sabe o que quer.” Ester Bueno admite que, no início, pensava que seria um ensino menos puxado. Não é. “É mais tempo na escola, mais trabalho.” Marco Soares tem a mesma visão.

“O Ensino Profissional é excelente. Neste momento, estamos preparados para entrar no mercado de trabalho”, afirma Marco Soares, 17 anos, 3.º ano do curso técnico de Mecatrónica Automóvel na Escola Profissional de Vouzela
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

O Ensino Profissional surge em destaque no último relatório “Estado da Educação (2019)”, do Conselho Nacional de Educação (CNE). Maria Emília Brederode dos Santos, presidente do CNE, insiste na ideia de uma educação para todos. Fará sentido catalogar o Ensino Profissional como o parente pobre do ensino? “Gostava que não fizesse, o caminho é não fazer sentido, acho até que deve ser o parente rico porque dá uma dupla certificação: o 12.º ano e um diploma profissional”, afirma. Há inovações pedagógicas interessantes nesta via de ensino que, em seu entender, valem a pena estudar e transplantar para o ensino geral. “Aprender a fazer, aprender fazendo, aprender coisas diferentes, aí o Ensino Profissional está relativamente bem posicionado.”

Neste momento, 43% dos alunos terminam o Secundário pelo ensino profissional. O Ministério da Educação quer chegar aos 50% e o investimento nesta via de ensino é de monta. Mais de 500 milhões de euros da bazuca europeia para investir na contratação de formadores especializados, reciclar conhecimentos do corpo docente, modernizar equipamentos das escolas.

O ministro da Educação fala num sistema educativo dinâmico, percursos flexíveis e permeáveis. “O Ensino Profissional é extremamente valioso. Primeiro, porque exponencia as oportunidades educativas e formativas dos jovens, assim como os seus horizontes profissionais e de vida. Isto é, tem aberto a possibilidade a muitos milhares de jovens de desenvolverem competências em áreas específicas, construindo assim percursos de integração, de valorização, de realização pessoal e profissional.” Além disso, “é também fundamental para o tecido produtivo, para a competitividade da nossa economia e para a coesão da nossa sociedade”, sublinha Tiago Brandão Rodrigues. Não é um ensino menor, garante.

Ana Maria Silva, diretora da Escola Secundária Martins Sarmento, em Guimarães, com cinco cursos profissionais, 14 turmas e 358 alunos nesta via de ensino, entre 1 552 estudantes, tem a mesma opinião do governante. “Desde 2010, mas com mais intensidade nos últimos anos, trabalha-se para que os cursos profissionais não sejam considerados o parente pobre do ensino em Portugal.” Os alunos têm de ser valorizados e o ensino ganhar prestígio. “São cursos exigentes, trabalha-se de forma diferente, é preciso contrariar que quem vai para um curso profissional não consegue estar do outro lado.”

Do namoro ao casamento, capacidade e ambição

Em 2018, Portugal aderiu a um sistema de avaliação e garantia da qualidade das escolas com Ensino Profissional, de acordo com parâmetros europeus. Em 2020, mais de 120 escolas públicas e 150 estabelecimentos de ensino privados conseguiram esse selo de qualidade. Tiago Brandão Rodrigues está satisfeito. “É um bom exemplo da capacidade e ambição do Ensino Profissional e que vamos continuamente estimulando, introduzindo sempre parâmetros de exigência.”

Paulo Quina é coordenador técnico e pedagógico da Escola Profissional de Aveiro que apresenta uma taxa de empregabilidade de 90%, tem 800 parceiros, promove estágios no estrangeiro, investe na metodologia trabalho-projeto. “Trabalhamos à medida de cada um, o que faz sentido para cada aluno.” Do namoro ao casamento é uma das estratégias da escola. Namorar uma empresa no 1.º ano para uma relação duradoura, que se prolongue depois dos três anos do curso. O preconceito de um ensino menor existe, segundo Paulo Quina, sobretudo no início. Depois, desvanece-se. “Este é o futuro. Começa-se a dar valor a este ensino e é aquilo que o mercado, neste momento, precisa.”

Para José Lino, diretor pedagógico da Escola Profissional de Vouzela, o preconceito está mais esbatido. “Não podemos almejar que todos os alunos sigam para a universidade. É uma via diferente, uma preparação prática para entrar nas empresas. E é isto que faz sentido, que encontrem na escola uma ferramenta de trabalho.” A Escola Profissional de Vouzela, apesar da baixa de natalidade e da desertificação do interior, tem mantido a procura.

“Temos uma Prova de Aptidão Profissional, relatórios, testes, apresentações orais. Temos aulas teóricas e práticas, preparamo-nos para o mercado de trabalho. Muitos dos que andam nos cursos científicos não sabem bem o que querem ser”, explica Mariana Beatriz, 17 anos, 3.º ano do curso técnico de Cozinha Pastelaria da Escola Secundária Martins Sarmento, em Guimarães
(Foto: Miguel Pereira/Global Imagens)

A Escola Profissional Gustave Eiffel, com sede na Amadora, está atenta às exigências do mercado de trabalho, dos alunos e das famílias, da tutela, para ajustar a oferta educativa e investir em laboratórios específicos. Uma grande mais-valia é, para Pedro Rodrigues, diretor técnico e pedagógico da escola, a “forte componente prática e experimental com ligação às empresas da área dos cursos, suas parceiras, quer através dos próprios recursos humanos, uma vez que muitos professores da área técnica trabalham simultaneamente no mercado de trabalho. Trazem, por isso, para dentro da sala, a realidade vivida ‘fora de portas’, dos equipamentos, tecnologias e métodos de trabalho, procuram atualizar-se face ao mercado.”

Em 2018, a taxa de emprego dos diplomados pelas vias do Ensino Profissional na União Europeia era de 80,5%, superior à dos graduados pelo Ensino Secundário geral com 73,9%. Em Portugal, as duas taxas são idênticas: 84,6% e 84,5%, respetivamente.

O ministro da Educação avisa que o cenário está a mudar. “Durante anos foram desvalorizadas as aprendizagens mais práticas e ligadas ao universo do trabalho, privilegiando-se uma abordagem do ensino mais tradicionalista. No entanto, a diferença tem-se esbatido muito nos últimos anos, com o desenvolvimento de um sistema educativo dinâmico.”

Há, porém, aspetos que têm de ser melhorados no Ensino Profissional, segundo a presidente do CNE. Desde logo, disponibilizar informação completa e atualizada aos alunos, aprofundar a coordenação do planeamento das ofertas, escutar entidades e parceiros para perceber o que faz sentido em cada território. A orientação escolar deve ser reforçada e os obstáculos administrativos removidos.

Há uma barreira que se quer derrubar. Os alunos do Ensino Profissional estavam em pé de igualdade com os do Secundário geral no acesso à universidade, obrigados a realizar provas sobre matérias que não faziam parte do seu percurso escolar. Em novembro do ano passado, um decreto-lei abriu a porta a concursos especiais de ingresso no Ensino Superior para os titulares de cursos de dupla certificação do Secundário e cursos artísticos especializados. O CNE deu parecer positivo e a lei deve entrar em vigor neste ano letivo.

É um regime que reequilibra a igualdade de oportunidades. No entanto, as universidades têm a faca e o queijo na mão. Estipulam as vagas para os alunos das vias profissionalizantes e têm o poder de determinar áreas e ciclos de estudo afetos a esse concurso especial. Nem todos os cursos podem entrar neste sistema. Nesse caso, os alunos do profissional têm de fazer os exames nacionais, tal como antes.

Como será o futuro do Ensino Profissional? O ministro da Educação partilha o que vê. “Vejo o Ensino Profissional enquanto um motor de inovação, de inclusão e de empregabilidade, em permanente contacto, por um lado, com o resto do sistema educativo, permitindo assim percursos educativos e formativos cada vez mais flexíveis e diversificados, adequados a cada aluno, e, por outro lado, profundamente enraizado no tecido produtivo e nas estratégias de desenvolvimento local e regional.”

Este é o caminho. Um caminho trilhado por Inês, Mariana, Fábio, Ester e Marco, e tantos outros que sabem o que querem. De mangas arregaçadas e esperança no que há de vir.