Alternativas eficientes para aquecer a casa

Há cada vez mais soluções para não deixar que o frio ponha o pé dentro de casa

O tempo gélido engordou as faturas de energia e fez disparar a procura por sistemas de aquecimento. Para fugir às lareiras e aquecedores convencionais, não faltam alternativas económicas e eficientes.

Os termómetros a cair para graus negativos nas últimas semanas abriram a corrida aos aquecedores. Em algumas lojas do país, as vendas de soluções de aquecimento para a casa mais do que triplicaram no arranque deste mês. Ao mesmo tempo, as baixas temperaturas fizeram disparar as faturas de gás e de eletricidade, pois os consumos atingiram máximos por estes dias. Há dez anos que não se consumia tanta energia em Portugal.

O frio estende-se à Europa. A neve já cobriu o norte de Itália ou até a capital de Espanha. Por cá, segundo dados do Eurostat, quase um quinto dos portugueses passa frio dentro de casa, por não conseguir pagar os consumos energéticos. De tal forma que o Governo vai apoiar todas as famílias no pagamento da luz em cerca de 10%.

Num mês em que o tiritar parece ter-se entranhado na rotina, a procura por aparelhos de aquecimento cresceu significativamente. De acordo com a Worten, “só entre 1 e 8 de janeiro deste ano, as vendas de aquecedores mais do que triplicaram face ao período homólogo de 2020”. Os produtos mais procurados são os aquecedores elétricos portáteis, nomeadamente termoventiladores e convetores elétricos. Na Fnac, o cenário é semelhante. “A procura por estes equipamentos aumentou bastante em relação ao ano anterior. Além de equipamentos de aquecimento, existe também muita procura por equipamentos de tratamento do ar, nomeadamente desumidificadores e purificadores de ar”, esclarece a loja, sublinhando que o volume de vendas das soluções de aquecimento cresceu 140% e de tratamento de ar subiu 170%. Aquecedores de cerâmica e radiadores a óleo entram no role dos mais vendidos.

Na Leroy Merlin, entre 4 e 10 de janeiro, as vendas de soluções para aquecer a casa duplicaram ou praticamente triplicaram, como no caso do aquecimento móvel e do aquecimento elétrico fixo. Mas a loja relata também grandes aumentos nas vendas de recuperadores, salamandras e aquecimento central. Já o El Corte registou “uma maior procura de artigos como sobrecolchões elétricos ou mantas elétricas”, bem como uma “preocupação ambiental sobretudo com a poupança energética, preferindo aquecedores com consumos mais sustentáveis”.

Certo é que há cada vez mais soluções, alternativas às mais tradicionais, para não deixar que o frio ponha o pé dentro de casa. Os emissores térmicos, uma espécie de radiadores que se ligam à rede elétrica, são exemplo disso. Além de não pesarem muito na conta da luz, são programáveis, distribuem o calor de forma gradual e mantêm-no mais tempo. Outra opção é o ar condicionado, cada vez mais ecológico. Para evitar a instalação, também os há portáteis para aquecer divisões mais pequenas.

Os convetores são bons substitutos dos termoventiladores, porque permitem aquecer áreas maiores. E para os fãs de lareiras, as tradicionais podem dar lugar a elétricas, onde não entra fumo nem cinza. Há modelos para pendurar, encastrar ou simplesmente pousar no chão. Os recuperadores de calor e as salamandras a pellets também têm vindo a ganhar adeptos por serem alternativas eficientes e económicas.

Além de tudo isto, a tecnologia tem vindo a ganhar espaço no aquecimento. Há termóstatos inteligentes, que permitem controlar a temperatura da casa mesmo quando não estamos ou ligar o aquecimento à distância. Alguns sistemas já trazem estas funções, mas também é possível comprar à parte.

Becken | Emissor Térmico 1000 w | 179,99 euros
Rowenta | Air Force Intense 2-in-1 | 260 euros
Clatronic | Ar Condicionado Portátil | 379,99 euros
Sogo | Convetor com Placa de Vidro | 169,99 euros
Leroy Merlin | Salamandra a pellets Modo Stand | 1 999 euros